Falta de água no verão em Balneário Camboriú vira “cavalo de batalha” em guerra política

Prefeito eleito de Camboriú e pai da prefeita eleita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), o ex-governaor Leonel Pavan (PSD) divulgou nesta segunda-feira que o fim de ano poderá registrar falta de água nas duas cidades. O assunto é delicado, uma vez que Balneário espera um grande número de turistas para a virada – no ano passado, um milhão de pessoas acompanharm a queima de fogos no Réveillon.

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– Em meus oito anos de gestão nunca faltou água na temporada – contestou o prefeito de Balneário, Fabrício Oliveira (PL), que permanecerá no cargo até 31 de dezembro.

As duas cidades dividem a água tratada pela Emasa, autarquia de Balneário Camboriú. A empresa vende o equivalente a 180 litros por segundo à cidade vizinha, quantidade que é fruto de um acordo entre os dois municípios. O sistema tem capacidade para 1,2 mil litros por segundo.

O impasse virou um novo capítulo na disputa política entre a família Pavan e Fabrício Oliveira. Em nota, Leonel Pavan diz que a culpa por uma eventual falta de água em Camboriú é da cidade vizinha.

“Quando a Emasa foi criada, todos os recursos arrecadados deveriam ser destinados exclusivamente para melhoria do tratamento, mas o dinheiro foi usado para outros fins” – afirmou. “Não culpem Camboriú. Esse é um problema de Balneário Camboriú, um problema de gestão”.

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Leonel Pavan acrescentou que está “organizando esforços em conjunto com a Companhia Águas de Camboriú para ações emergenciais que poderão incluir, inclusive, o uso de estações móveis de tratamento de água”.

O prefeito Fabrício, por sua vez, disse em entrevista à coluna que se trata de um movimento político – e disse que investimentos tornaram a cidade mais resiliente.

– Temos um acordo mútuo, de repassar 180 litros por segundo. Talvez ele tenha percebido que Camboriú não tem capacidade de armazenamento. Nós fizemos nossa lição de casa – afirmou.

O prefeito disse que Balneário recebeu investimentos que ampliaram a rede de abastecimento de água:

– Tivemos o pico de demanda no ano passado, e alcançamos 1.150 litros por segundo, menos do que a capacidade máxima. Ampliamos a rede para as praias agrestes e demos conta do crescimento descomunal que Balneário Cambriú teve nos últimos anos.