A Facisc, entidade que reúne as associações empresariais de Santa Catarina, emitiu um manifesto em que se posiciona contrária à federalização da administração do Porto de Itajaí. O porto é propriedade da União mas tem um convênio de delegação ao município, que encerra em 31 de dezembro.
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Nas últimas semanas, como publicado pela coluna, a possibilidade de que o convênio não seja renovado vem ganhando força em Brasília. Com isto, o porto passaria a ser administrado por uma nova empresa pública estatal ligada ao Ministério dos Portos, ou pela estatal que comanda o Porto de Santos (SP).
Como Itajaí pode perder o porto para o governo federal
Até agora, não há sinalização concreta do governo federal sobre a administração do Porto de Itajaí. O Ministério dos Portos publicou um vídeo nas redes sociais em que fala da retomada das atividades com contêineres, após o período de ociosidade causado pelo atraso no leilão de concessão, que deveria ter ocorrido em 2022, ainda no governo anterior.
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A publicação não cita a hipótese de federalização.
Veja o manifesto da Facisc:
“A FACISC manifesta sua contrariedade às tratativas relacionadas à possível federalização do Porto de Itajaí, transferindo sua gestão para a Autoridade Portuária de Santos, conforme informações divulgadas pelo Ministério dos Portos.
Entendemos que essa mudança pode impactar negativamente o trabalho realizado por catarinenses na construção de um grande polo estadual de movimentação de cargas portuárias do Brasil.
É importante lembrar que Santa Catarina tem alcançado avanços significativos em sua infraestrutura logística, especialmente após assumir a gestão de seus portos públicos. Neste sentido, o Porto de Itajaí é um dos pilares fundamentais do desenvolvimento logístico de Santa Catarina e do Brasil, sendo relevante polo estadual de cargas.
Entendemos que qualquer decisão sobre a gestão do Porto de Itajaí deve priorizar o bem comum, preservando o protagonismo de Santa Catarina na administração de sua infraestrutura logística. A experiência anterior com a gestão federalizada trouxe aprendizados importantes para o estado, ressaltando a necessidade de um modelo que assegure eficiência, competitividade e alinhamento com as demandas das classes produtivas catarinenses, especialmente em relação aos usuários do terminal”.
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