Se há uma instituição que cresceu ao longo da pandemia e não da sinais de arrefecimento é a fábrica de crises do presidente Jair Bolsonaro. Aos solavancos, nos últimos dias o país passou da campanha de descrédito à urna eletrônica para os ataques ao STF, com direito à incitação ao impeachment de dois ministros da Suprema Corte – um deles com pedido oficializado pelo prório presidente da República.
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Forjado na polarização e no embate, é neles que o bolsonarismo se fortalece. A estratégia tem se mostrado eficaz junto à militância fiel do presidente, alimentada pelo medo – da esquerda, da “fraude eleitoral”, da Venezuela. Para além de manter o espírito de “nós contra eles”, a retórica bélica tem o condão de jogar uma cortina de fumaça sobre problemas bem reais e urgentes: pandemia, inflação perto dos 9%, poder de compra em queda livre, desemprego recorde e fome.
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A fábrica de crises é, portanto, um excelente negócio para o presidente da República em sua batalha pela reeleição. Ocorre que ela coloca o Brasil sob uma instabilidade política nefasta tanto no viés social, quanto econômico. Entre desfiles de blindados e bravatas, o Brasil assusta os investidores – especialmente os estrangeiros.
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Uma parte do PIB já acendeu o sinal de alerta para os riscos. Prova disso é o manifesto assinado por grandes nomes do empresariado nacional em defesa do sistema eleitoral. A economista Ana Carla Abrão, head do escritório brasileiro da consultoria norte-americana Oliver Wyman, disse em entrevista à Isto É que “o que está em jogo não é mais a economia, mas a defesa da democracia”.
Bolsonaro tem aderência no Congresso Nacional, a hipótese de impeachment é remota e o presidente estica a corda para agitar a base de apoio. Com isso, a tendência é que as crises continuem se sucedendo até as eleições de 2022. Até onde o Brasil aguenta?
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