O britânico Allan Graham, 48 anos, que foi preso em dezembro do ano passado em Balneário Camboriú, passou por interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (29). O Supremo vai decidir sobre o pedido de extradição enviado ao Ministério da Justiça pelo Governo do Reino Unido.
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Alvo de um processo por supostamente chefiar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas, Graham estava na “lista vermelha” de foragidos da Interpol.
A defesa do britânico tentou adiar o interrogatório, sob a alegação de que o caso é complexo, uma vez que Graham tem dificuldades com a língua portuguesa e afirma nunca ter sido intimado pelas autoridades em seu país. A ministra Carmen Lúcia, relatora do caso, negou o pedido.
Quem é o britânico chefão do tráfico na Europa que vivia secretamente em Balneário Camboriú
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Agora, será aberto prazo para realização de defesa por escrito no prazo de 10 dias. Em seguida, o pedido de extradição será julgado.
O advogado Mattheus Urbanek, que representa o britânico, diz que ele nega as acusações de envolvomento com o tráfico de drogas. Além disso, afirma que não há condenação contra Graham no Reino Unido, ao contrário das informações repassadas pelas autoridades brasileiras. A defesa diz que vai procurar manter o direito do britânico permanecer no Brasil.
Veja a nota do advogado Mattheus Urbanek:
“Importante destacar que diferente do que consta inicialmente, o Sr. Allan não é condenado judicialmente no seu país de origem, de modo que a prisão foi requerida basicamente para que ele responda ao processo lá.
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Além disso, frisamos que o Sr. Allan alega desconhecer os motivos da prisão, negando qualquer participação com tráfico de drogas ou conspirações, tendo em vista que nunca foi intimado para prestar qualquer tipo de depoimento perante a autoridade policial ou judicial inglesa.
Devido à complexidade do caso, a defesa requereu inclusive adiamento da audiência, sendo indeferido pela Ministra Carmen lúcia, e durante a realização do interrogatório o Sr. Allan também não pode descrever com detalhes a sua versão dos fatos por conta da dificuldade relacionada ao idioma e ao tradutor não ter conseguido repassar todas as informações.
Na apresentação de defesa por escrito todos os argumentos serão abordados em busca de manter o Sr. Allan no país”.