O aumento no número de casos e óbitos por dengue em Santa Catarina levou a Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) a dispensar a confirmação das contaminações com testes de laboratório para municípios onde a transmissão é consistente. Até então, todos os casos precisavam ter amostras enviadas ao Laboratório Central (Lacen).

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A flexibilização foi publicada em uma nota técnica, e vale para todas as cidades que já têm casos de dengue confirmados. O documento determina que, nesses municípios, seja feito monitoramento por amostragem. De todos os casos suspeitos, 10% terão que ter amostras enviadas ao Lacen para genotipagem – ou seja, para que seja identificado o tipo de vírus em circulação.

“Em situações de transmissão sustentada em uma determinada área, com aumento no número de casos detectados por duas semanas consecutivas, adota-se o critério clínico-epidemiológico para confirmação dos casos, não sendo necessária a confirmação laboratorial. Nessas situações, procede-se com a coleta de 10% dos casos suspeitos, para realizar o monitoramento viral”, informa a nota.

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O documento diz ainda que, após os primeiros casos de dengue no município, as demais suspeitas poderão ser confirmadas com exames coletados e enviados para outros laboratórios, privados, desde que seja seguido o padrão determinado pelo Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Eduardo Macário, superintendente de Vigilância em Saúde, disse que a mudança de procedimento é praxe depois que a transmissão está estabelecida. De acordo com o último boletim divulgado pelo Estado, de 118 cidades de SC consideradas infestadas, 45 são consideradas de alto risco para transmissão da dengue. O Estado registrou recorde de óbitos por dengue no primeiro trimestre: foram oito mortes de janeiro a março.

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