Três dias após o início do bloqueio das estradas por grupos extremistas inconformados com o resultado das eleições, as rodovias começaram a ser desbloqueadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar e o fluxo deve retornar à normalidade. Mas as consequências da paralisação vão durar mais tempo.
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O alerta foi dado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), na terça-feira (1), e está embasado nos prejuízos que se seguiram à greve dos caminhoneiros, em 2018. As perdas imediatas são causadas pela paralisação no transporte de cargas – em Santa Catarina, as agroindústrias estão liberando trabalhadores porque não há como liberar o fluxo de produção.
Os caminhões não estão chegando aos portos – o Porto de São Francisco do Sul chegou a suspender totalmente as operações por interrupção na chegada de cargas.
Caminhões parados nas estradas significam aumento no custo do frete – e o consequente reajuste de tudo o que é transportado por via rodoviária. Significa que os preços dos alimentos, que inflacionaram ao longo dos últimos meses, poderão sofrer novos reajustes. Ir ao supermercado tende a ficar mais caro.
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Outra possível consequência é o aumento no preço dos combustíveis, que também escalou ao longo dos últimos meses, e teve uma queda recente diante da redução de ICMS nos estados. Em 2018, a redução dos estoques causada pela greve dos caminhoneiros levou o preço da gasolina a subir 3,34%. O óleo diesel aumentou 6,16%.
Cidades de Santa Catarina já enfrentam falta de combustíveis pela interrupção de fluxo – especialmente na BR-101 em Itajaí, onde fica a distribuidora que abastece a maior parte do Estado.
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