O empresário Luciano Hang se manifestou no início da noite desta quarta-feira (30) sobre sua convocação pela CPI da Covid. Em nota, afirmou estar de “consciência limpa” e disse que recebe a informação “com tranquilidade”. O comunicado de Hang leva a entender que, ao contrário de Carlos Wizard, que permaneceu em silêncio, o catarinense pretende responder aos questionamentos dos senadores.
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“Estou à disposição para qualquer esclarecimento. Nada melhor do que a verdade para elucidar os fatos”, escreveu Hang.
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A nota de Hang cita as ações tomadas por ele durante a pandemia, como afastamento de funcionários do grupo de risco, doações de insumos e custeio de profissionais de saúde. O comunicado também confirma que ele intercedeu pela liberação da compra de vacinas pela iniciativa privada – um dos assuntos que devem ser abordados pela CPI.
“Lançamos um abaixo-assinado com o objetivo de mudar a Lei para acelerar o processo de vacinação no Brasil e, consequentemente, diminuir a fila do SUS. Abraçamos essa causa, pois queríamos muito conseguir imunizar os trabalhadores e também dar a chance de outros empresários fazerem o mesmo”.
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O que está por trás da convocação de Luciano Hang pela CPI da Covid
Hang ainda não tem data para depor na CPI. Embora demonstre intenção de responder às perguntas feitas pelos membros da Comissão, o empresário pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter o direito de permanecer calado. Essa prerrogativa já foi garantida a outros depoentes da CPI da Covid.
Veja a nota completa:
“Recebo com tranquilidade a notícia da possível convocação para a CPI da Covid-19 e estou à disposição para qualquer esclarecimento. Nada melhor do que a verdade para elucidar os fatos.
Assim que a pandemia chegou ao país, no começo de 2020, sempre deixei claro que temos dois inimigos: o vírus e o desemprego. Me posicionei a favor da saúde, sem deixar de lado os cuidados com a economia do Brasil. Lutei publicamente para que as indústrias, empresas, comércios, escolas e demais atividades seguissem abertas, mantendo os empregos e o sustento das famílias.
Intensifiquei as doações e incentivos à saúde. Compramos 200 cilindros de oxigênio para Manaus (AM), no valor de quase R$ 1 milhão, durante o período mais crítico do estado. A Havan destinou mais de R$ 5 milhões para áreas da saúde em 2020. Doamos respiradores, macas, roupas de cama, utensílios de cozinha e máscaras descartáveis a diversos hospitais. Custeamos a vinda de profissionais da saúde de outros estados para fortalecer o atendimento na região de Brusque (SC). E, com a união de empresários da cidade, conseguimos doar testes e medicamentos à Secretária de Saúde.
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Até hoje mantivemos todos os nossos 20 mil colaboradores, não desligamos nenhum por conta da pandemia e deixamos gestantes, pessoas com comorbidades e grupo de risco em casa. Continuamos investindo, abrindo lojas e acreditando no Brasil.
Além disso, também me empenhei na luta pela compra e doação de vacinas pela iniciativa privada. Lançamos um abaixo-assinado com o objetivo de mudar a Lei para acelerar o processo de vacinação no Brasil e, consequentemente, diminuir a fila do SUS. Abraçamos essa causa, pois queríamos muito conseguir imunizar os trabalhadores e também dar a chance de outros empresários fazerem o mesmo.
Eu mesmo peguei o vírus, perdi a minha mãe e amigos muito próximos. Acredito na importância de trabalharmos juntos para vencer essa guerra. É preciso buscar soluções para os problemas.
Por fim, continuo onde sempre estive: do lado do Brasil e dos brasileiros. Estou de consciência limpa, não tenho e nunca tive nada a temer. Vamos em frente!”
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