Considerada a maior investigação de suspeitas de corrupção em Santa Catarina, a Operação Mensageiro – concentrada até agora em contratos de prestação de serviço do Grupo Serrano ligados à coleta e descarte de lixo – deve ultrapassar o setor de resíduos sólidos. A coluna apurou que a investigação deve estender os tentáculos a outros dois serviços fornecidos às prefeituras: saneamento básico e iluminação pública.

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De acordo com as investigações, o grupo também teria contratos nesses dois setores com dezenas de municípios em Santa Catarina. Mas a tendência, segundo informações, é a de que as investigações ultrapassem os limites da Serrana. Negociações dos municípios com outras empresas da mesma área de atuação já estão na mira do Grupo de Atuação no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Grupo Anticorrupção (Geac).

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As suspeitas dos investigadores são as de que o esquema generalizado de corrupção na prestação de serviço público já ocorra há pelo menos uma década no Estado e que muitos prefeitos tenham sido cooptados antes mesmo de assumirem as prefeituras.

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No momento, contratos do Grupo Serrana com mais de 40 municípios estão sob análise. Os investigadores buscam indícios de pagamento de propinas não apenas a prefeitos, mas também a funcionários do segundo e terceiro escalão de diferentes prefeituras.

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