Um conflito causado pela retirada de pinus da região da Baixada do Maciambú é uma das principais hipóteses dos investigadores para o incêndio de grandes proporções que atingiu o Parque da Serra do Tabuleiro, em Palhoça. As suspeitas são de que o incêndio seja criminoso.

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As reiteradas queimadas chamam atenção da polícia. Esta é a terceira vez, só neste ano, que o mesmo local é atingido. Houve uma tentativa de queimada no mesmo local no dia 2 de dezembro, que foi contida a tempo. Em abril, outro foco chegou a causar estragos na vegetação.

Polícia busca identificar possíveis autores do incêndio no Parque da Serra do Tabuleiro, em Palhoça

A coluna apurou que há relatos de represálias ao parque e tentativas de iniciar ocupações irregulares no local. Mas a principal suspeita, no momento, está relacionada à retirada de pinus pelas equipes do parque, uma medida de proteção ambiental. O pinus é uma espécie exótica, mas as árvores são exploradas comercialmente por pessoas que extraem resina, na Serra do Tabuleiro, e outras que arrendam as áreas onde estão os pinheiros.

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No início do mês, as equipes do parque que faziam a retirada das espécies exóticas foram abordadas de forma agressiva por pessoas que se disseram “criadores de gado”. Eles afirmaram que a área era deles, que não haviam sido avisados sobre a ação ambintal, e que não deixariam retirar o pinus. Essas ameaças estão registradas em um Boletim de Ocorrência.

Imagem aérea mostra dimensão de incêndio no Parque da Serra do Tabuleiro, em Palhoça

As investigações sobre o incêndio na Serra do Tabuleiro concentram o maior esforço de apuração já feito em um caso como esse, segundo o Delegado Geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel. Nesta quarta-feira (27), equipes da Polícia Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros e Instituto do Meio Ambiente (IMA) iniciam a perícia no local, que é fundamental para identificar o foco do incêndio, e decobrir como ele se alastrou.

Se comprovado que a queimada tem origem criminosa, o responsável estará sujeito a respoder por crime de incêndio, agravado pela proximidade de residências, e crime ambiental.

Veja imagens do incêndio:

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