A prefeitura de Balneário Camboriú pediu ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) uma reunião urgente para tratar sobre as coletas para análise de balneabilidade. O último levantamento, com amostras retiradas no dia 21 de janeiro, considera todos os 10 pontos da Praia Central impróprios para banho.
Continua depois da publicidade
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Ike Gevaerd, Balneário Camboriú vai propor que as análises sejam feitas a cada 24 horas, por um laboratório credenciado. A prefeitura quer que o órgão estadual aumente a frequência _ o que, segundo o gerente de Laboratório e Medições Ambientais do IMA, Marlon Daniel da Silva, é inviável _ ou então que o próprio município passe a ser responsável pela coleta e divulgação dos dados.
Em entrevista à coluna, na segunda-feira, o gerente do IMA disse que o modelo e a frequência de análises praticados no Estado estão de acordo com resolução federal, e são os mesmos em todo o país. Segundo ele, São Paulo tem testado mais análises semanais em algumas praias, mas não houve resultado em relação à balneabilidade.
A prefeitura de Balneário Camboriú argumenta, no entanto, que as análises semanais fazem com que os pontos permaneçam impróprios mesmo quando os estudos laboratoriais indicam que a água está apropriada para o banho de mar.
Continua depois da publicidade
Entenda a polêmica
– Para que um ponto seja considerado impróprio, é preciso que tenha duas amostras, em cinco, com número de coliformes fecais superior a 800 para cada 100 mililitros.
– Quando um ponto está impróprio, ele só poderá mudar a classificação para próprio se as quatro análises seguintes forem positivas.
– Isso significa que, se de uma semana para outra a condição de balneabilidade melhorou, não refletirá imediatamente na classificação do ponto. A mudança ocorrerá em um mês, se todas as análises forem positivas.
– Esse modelo, que exige melhorias consecutivas para atestar que um ponto impróprio se tornou próprio para banho, atende a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e é o mesmo em todo o país.
Continua depois da publicidade
– A prefeitura de Balneário Camboriú não contesta a metodologia, mas a frequência das análises. A Secretaria de Meio Ambiente defende que, com mais análises, será possível ter uma resposta mais rápida em casos de mudança nas condições da praia.