Há duas visões antagônicas sobre os próximos passos do processo de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL). Enquanto, dentro do governo, ainda reina o otimismo e a expectativa de virar o jogo, nos bastidores a turma mais experiente da política garante que o destino já foi traçado. E não será generoso com o governador.
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O principal movimento em direção a esse cenário é a convergência do MDB, que teria se fechado para votar em bloco a favor do impeachment. A possibilidade de dissidentes sempre existe, mas a posição do partido serve como lastro e já não é mais segredo nos corredores da Alesc.
Um indicativo de que o enredo do impeachment está pronto para o arremate final é que, nos últimos dias, pelo menos dois partidos teriam avançado na distribuição de futuros cargos, contando com uma nova composição no futuro governo. Antes discreta, a movimentação já ocorre quase sem pudores e o debate avançou ao ponto de chegar às vagas de segundo escalão.
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O governo, ainda que esperançoso, reconhece que travar o impeachment antes de chegar ao plenário parece ser uma missão impossível – por isso tem apostado no corpo a corpo com os parlamentares, tentando conquistar os votos um a um. Nesse jogo de interesses, até promessa de vaga no Tribunal de Contas já teria aparecido nas conversas com os deputados.
Se nada funcionar para o governo, sobrará a Justiça – e a expectativa de que os desembargadores do Tribunal de Justiça, sorteados para julgar o impeachment em caso de afastamento, sejam mais gentis com o governador do que os deputados.
Em qualquer cenário, o governo Moisés incorre em dois erros de principiantes. O primeiro é subestimar o adversário. O segundo é confiar na sorte.
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