O tubarão da espécie anequim – o mais rápido dos tubarões – que apareceu morto esta semana em Itapema, no Litoral Norte, não foi o primeiro desses incríveis animais a surgirem nas praias de Santa Catarina.
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Na maioria das vezes, eles encalham já sem vida. Ou porque estão doentes, ou porque foram vítimas da pesca. Mas também há registros de encontros inusitados, como o gigantesco tubarão-baleia (cujo tamanho faz jus ao nome) fotografado em Bombinhas, ou como o banhista que foi surpreendido por um tubarão-mangona ao mergulhar nas ondas da Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú.
Raridade em Laguna

Uma espécie de tubarão-martelo ameaçada de extinção apareceu em março deste ano na Praia do Ipuã, em Laguna, no Sul de Santa Catarina. O animal foi recolhido pela equipe de campo da Udesc e foi encaminhado ao Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras.
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O tubarão, que tem mais de 2 metros de comprimento, chegou vivo à praia e se debateu até morrer.Trata-se de um exemplar de phyrna lewini, uma das espécies de grandes tubarões-martelo que ocorrem no Brasil. Foi a primeira vez que um animal dessa espécie encalhou no Estado.
Susto em Mariscal
Em setembro do ano passado, um suposto tubarão nadando em meio às ondas da Praia do Mariscal, em Bombinhas, fez surfistas deixaram às pressas a água neste domingo. Os relatos do avistamento foram gravados em um vídeo, que circula nas redes sociais, em que os surfistas afirmaram terem visto a aproximação do animal.
Ataque raro

Em março de 2016, um tubarão da espécie popularmente conhecida como mangona atacou um banhista na Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú, na terça-feira à tarde. Rafael Hermes Thomas, 41 anos, foi atingido na cabeça pelo animal assim que entrou na água.
Socorrido pelos guarda-vidas, ele foi levado ao hospital Ruth Cardoso e precisou levar pontos, mas não se feriu com gravidade.
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A confirmação sobre a “identidade” do animal que atacou Thomas foi feita na tarde desta quarta-feira pelo pesquisador Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras, após conversar com a vítima e avaliar a extensão dos ferimentos.
O ato de "morder e soltar" condiz com o comportamento dos tubarões, segundo Soto. É a maneira que os animais têm de "sondar" possíveis vítimas. É provável que o tubarão tenha desistido do ataque porque abocanhou a cabeça de Thomas _ se fosse a barriga, por exemplo, o caso poderia ter sido muito mais grave.
O tubarão é um gigante, que pode chegar a três metros de comprimento quando adulto, e está ameaçado de extinção. Mas o espécime que atacou Thomas ainda era um filhote, de acordo com o pesquisador.
Embora os ataques sejam muito raros, tubarões são comuns na costa catarinense. No ano passado, um tubarão-tigre foi capturado por pescadores na mesma Praia do Estaleiro.
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Aparições como a de terça-feira são muito difíceis de ocorrer, por isso Jules afirma que o ataque não é motivo para que as pessoas evitem o banho de mar.
De longe

Em julho de 2016, um filhote de tubarão-azul, espécie que vive muito longe da costa, fora da plataforma continental, apareceu na Praia Central de Balneário Camboriú. O empresário Júnior Pio, que caminhava pela areia, entrou na água e o ajudou a voltar para o fundo, – mas não sem antes ter certeza de que o animal não teria como mordê-lo, segurando na cauda. Em 20 anos há registro de três encalhes de tubarão-azul na Praia Central de Balneário. Todos, ainda, sem explicação.
Gigante gentil

Em dezembro de 2013, mergulhadores de Bombinhas flagraram um tubarão-baleia nadando calmamente nas águas da Praia da Sepultura. O gigante chegou a encostar na embarcação que levava o grupo para um mergulho.

Meses antes, um macho jovem encalhou em Porto Belo. O animal, com mais de sete toneladas, foi conservado pelo Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras.
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