Eduardo Koerich, diretor comercial do Koerich, embarcou para a China em uma viagem de aprendizado e prospecção de negócios. Com um mercado interno robusto e um modelo econômico focado em exportação, a China se apresenta como um campo fértil para a inovação e desenvolvimento industrial, algo que Eduardo observou de perto ao participar da Canton Fair em Guangzhou, uma das maiores e mais emblemáticas feiras de negócios do mundo.

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– A Canton Fair impressiona não só pelo tamanho, já que são 1,18 milhão de metros quadrados e 16 pavilhões, mas pela logística impecável. É realizada em três fases de cinco dias cada, e em apenas dois dias entre as fases, milhares de estandes são desmontados e remontados. Esse dinamismo e organização são impressionantes e mostram como a China consegue manter um padrão produtivo em alta escala, o que reforça seu papel de destaque no cenário mundial – comenta. 

A Canton Fair, realizada duas vezes ao ano, atrai mais de 200 mil compradores e apresenta cerca de 150 mil produtos, consolidando-se como uma referência em comércio global.

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– Esse evento é uma verdadeira vitrine de produtos e tendências, e estar presente aqui nos permite explorar oportunidades de parcerias e inovações que podem beneficiar diretamente nossos clientes no Brasil – diz o diretor comercial do Koerich.

Durante a viagem, Eduardo ficou impressionado com a evolução de Guangzhou, cidade que cresceu vertiginosamente ao longo das últimas cinco décadas.

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– O que mais me impacta é a velocidade de desenvolvimento, que é fruto de um planejamento estratégico iniciado nos anos 1970. Enquanto no Brasil enfrentamos altos custos e barreiras para o desenvolvimento da indústria, a China implementou um modelo focado na exportação e no investimento em infraestrutura, atraindo grandes empresas para o país e consolidando sua posição no mercado global.

Veja imagens da feira em Guangzhou:

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Para Eduardo, um dos grandes diferenciais da China é o planejamento de longo prazo, algo que o Brasil ainda enfrenta dificuldades para implementar de forma eficaz.

– A China se destaca pela execução de planos quinquenais, com metas claras para áreas estratégicas como tecnologia e indústria. Esse modelo permite estabilidade e continuidade, ao contrário do que vemos no Brasil, onde a alternância de governos leva a políticas fragmentadas. Precisamos de um planejamento econômico consistente que sobreviva às mudanças de gestão, caso contrário, ficamos limitados no desenvolvimento de um modelo competitivo de crescimento – avalia.

Outro ponto observado por Eduardo foi o forte investimento da China em educação e inovação, setores que ele acredita serem fundamentais para a consolidação de uma economia forte.

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– Enquanto o Brasil ainda enfrenta desafios com a qualidade da educação e complexidade regulatória, a China aposta em capacitação e simplificação de processos, o que acelera o crescimento e a geração de riqueza. Uma sociedade não pode prosperar sem a participação ativa da iniciativa privada e sem políticas de incentivo e parceria de longo prazo – afirma.

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A experiência fez Eduardo Koerich refletir sobre como o Brasil poderia se beneficiar de um modelo mais sólido de planejamento estratégico, onde entidades de classe e o governo trabalhassem juntos em prol do crescimento.

– A experiência chinesa me leva a pensar que o Brasil precisa de uma visão mais clara de longo prazo. Talvez as entidades de classe possam se tornar guardiãs de um planejamento que transcenda governos, construindo estratégias em parceria e assegurando que os avanços sejam sustentáveis, independentemente das mudanças políticas.

Atualmente, Koerich é vice-presidente da CDL Florianópolis, com grande atuação desde seus 18 anos, entendendo o papel do trabalho conectado com o desenvolvimento das cidades. A viagem de Eduardo Koerich à China reforça o compromisso do Koerich em buscar inovações e oportunidades que fortaleçam a competitividade e tragam novidades para o mercado brasileiro.