Em São Francisco do Sul, onde passa o feriadão de Carnaval, o presidente Jair Bolsonaro telefonou neste domingo (14) para o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e pediu que o Ministério da Saúde dê atenção a Chapecó. A cidade vive uma explosão de casos de Covid-19.
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O contato de Bolsonaro com o ministro atendeu a um pedido do senador Jorginho Mello (PL), que almoçou com o presidente no Forte Marechal Luz. O senador disse que está em contato com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, para as principais demandas da crise na saúde do Oeste catarinense.
– Relatei as dificuldades a respeito de vagas de UTi, respiradores. O presidente ligou para o ministro, pediu que entrasse em contato com o prefeito e verificasse o que é necessário, para o governo ajudar.
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Almoço para convidados
Jorginho, que é próximo de Bolsonaro, foi um dos poucos convidados para o encontro neste domingo – uma agenda informal, já que o presidente está em São Francisco do Sul para um roteiro de pesca no feriado. Além da situação da pandemia em Chapecó, o senador também conversou com o presidente sobre as rodovias federais, em especial o aporte de recursos para as obras da BR-470.
Outro assunto que veio à tona foi o aumento dos combustíveis e a política de preços da Petrobras. Jorginho falou da preocupação de que a situação provoque uma nova greve dos caminhoneiros, e disse que o presidente está preocupado.
– Apesar de assuntos ruins, como a situação de Chapecó, foi uma conversa muito boa – disse Jorginho.
O senador tem interesse em concorrer ao Governo do Estado em 2022, e as articulações para as eleições costumam estar na pauta de Bolsonaro nesses encontros.
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Greve dos caminhoneiros
O empresário catarinense Emílio Dalçoquio, que também participou do almoço, disse à coluna que o encontro foi uma reunião “de amigos”, organizada pelo secretário Nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior.
Dalçoquio, cuja família comanda uma das maiores transportadoras do país, com sede em Itajaí, foi um dos empresários que apoiaram a greve dos caminhoneiros em 2018. Ele foi alvo de inquérito do Ministério Público Federal (MPF) na época, por suspeita de promover locaute. A investigação acabou arquivada.
O empresário hoje comanda um grupo de apoio a Bolsonaro que promove especialmente a ‘pauta de costumes’. Partiu desse grupo um vídeo que circulou no ano passado, em que um homem vestido de cavaleiro templário convocava para manifestações a favor do presidente.
Dalçoquio não quis dar detalhes sobre a conversa com Bolsonaro neste domingo. Perguntado se as novas manifestações dos caminhoneiros entraram na pauta, o empresário desconversou:
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– (Falamos) sobre vários assuntos. Mas nada mais que um almoço descontraído.
O presidente Jair Bolsonaro permanecerá em São Francisco do Sul até terça-feira. Ele não tem compromissos oficiais agendados.
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