O secretário Nacional das Telecomunicações, Vitor Menezes, esteve em Itajaí no fim de semana para um compromisso pessoal. Participou, a convite do vereador Edson Lapa, do Café com Pastores, um evento que ocorre mensalmente na sede do grupo missionário evangélico Mevam.
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Vitor, que atua ao lado do ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, respondeu questionamentos da coluna sobre alguns dos assuntos que estão em sua pasta – da privatização da Telebras, que dá suporte aos serviços de telecomunicação no país, à regulamentação da Internet das Coisas no Brasil.
Entrevista: Vitor Menezes
Qual a expectativa do governo para universalização da banda larga por meio do Internet para Todos?
A atuação no ministério está voltada a um programa chamado Brasil Conectado. A ideia é que se possa levar conectividade a todo o país, principalmente usando redes de fibra ótica. (Estamos) começando com a região Norte, colocando internet na bacia amazônica, um cabo de fibra óptica subfluvial, e no Nordeste, por meio das redes elétricas das companhias de energia. Com isso, a gente pretende levar para todo o país. O Internet para Todos é um programa específico, que gera estímulo tributário para que pequenos provedores prestem serviço de internet em comunidades não atendidas. É um programa que também está no nosso rol de opções, mas estamos aguardando uma definição do Confaz para podermos avançar.
Como o governo está atuando com o marco regulatório que favorece a Internet das Coisas?
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Publicamos recentemente um decreto de Internet das Coisas, que tem quatro áreas de atuação: saúde, cidades, indústria e rural. Para cada um desses segmentos estamos criando câmaras. Criamos a Câmara da Indústria 4.0, a Câmara do Agro 4.0, na sequência vamos criar a Câmara das Cidades 4.0, e logo a da Saúde. Nessas câmaras, vamos aplicar as medidas que estamos pensando para esse mundo de Internet das Coisas. Conectividade, aplicações, pesquisa e desenvolvimento.
Qual a expectativa de privatização da Telebras?
A Telebras está no PPI, que é o programa de parcerias do governo, em estudo. Estamos avaliando para ver qual vai ser a proposta. Eles agora vão iniciar um estudo que leva 180 dias, e ao final desse prazo vão nos indicar qual o conselho que nos dão, se é privatização, abertura de capital, o que propõem. Enquanto isso a gente continua operando a companhia normalmente, com as políticas públicas para que possa aguardar até o final dos estudos.
Como o corte das bolsas de CNPq está repercutindo no ministério?
Essa não é bem a minha área, mas o nosso Ministério está completamente empenhado em evitar que os pesquisadores sofram cortes no recebimento das suas bolsas. O ministro está empenhado nas questões orçamentárias, acredito que vai dar certo e em breve vamos ter uma solução adequada para que (os pesquisadores) não fiquem sem receber.