O governador Carlos Moisés (PSL) visitou no fim da tarde desta quinta-feira (22) as obras do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, que devem ser concluídas até o fim do ano. A agenda teve tom de despedida, com direito a apresentação de balanço das principais ações de governo. Apesar disso, Moisés afirmou, em entrevista coletiva, não considerar a possibilidade de ser afastado pelo Tribunal de Julgamento do Impeachment.
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– Eu não acredito nessa hipótese – disse.
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Moisés estava acompanhado do presidente da Santur, Leandro Mané Ferrari, do secretário da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, e da secretária Executiva de Integridade e Governança, Naiara Augusto.
Em uma síntese das falhas na articulação, a visita não mobilizou a política. Nem mesmo os deputados da base de apoio. O prefeito Fabrício Oliveira enviou o secretário Municipal de Turismo, Valdir Valendowski, como representante – e outros prefeitos da região não apareceram na recepção ao governador, que foi recebido pelo trade turístico de Balneário Camboriú.
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Assim como fez na quarta-feira (21), durante uma entrega de ônibus escolares na Capital, o governador apresentou um discurso inflamado contra o processo de impeachment. Falou que é vítima de pessoas com “crise de abstinência” de desvios, e fez referência direta ao presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD), ao citar a Operação Alcatraz e contratos renegociados pelo governo – inclusive os do sistema prisional, que estão entre os alvos da operação.
Moisés fez uma eloquente defesa do próprio governo, com números e resultados, em busca de apoio do empresariado. Um carta que, possivelmente, tenha esperado demais para apresentar. Voltou a dizer que confia na Justiça e contou que manteve a agenda prevista para esta sexta-feira – vai assistir ao Tribunal de Julgamento à distância, no espaço entre os compromissos.
A julgar pelos movimentos dos últimos dias, a ideia é passar a sensação de que o governo segue ativo e atuante. Caberá ao Tribunal de Julgamento responder até quando.
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