Jair Renan, o filho zero-quatro do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez seu primeiro teste “oficial” como pré-candidato a ingressar na política no último fim de semana em Balneário Camboriú, cidade onde vive desde o início do ano. Acompanhado do deputado federal Zé Trovão (PL) e do empresário Emílio Dalçoquio, Jair Renan circulou pela Festa dos Amigos – evento que integra a programação de aniversário da cidade na Avenida Atlântica.
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No Instagram, ele compartilhou fotos em que foi “tietado” por moradores e até brincou com um bebê – um clássico do figurino político em campanha. Mas não escapou da trolagem: um vídeo que circula nas redes sociais mostra que também ouviu gritos de “inelegível”, em referência ao pai.
A passagem de Jair Renan pela Festa dos Amigos segue o roteiro do que tem sido a vida dele em Balneário Camboriú, cidade que deu mais de 74% dos votos a Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais. É comum que o “zero-quatro” seja abordado por bolsonaristas quando circula pela região. Mas também acontece de ser constrangido por antibolsonaristas, como num vídeo que viralizou no início do mês, em que duas jovens falam em “inelegível” e “imbrocháel” com Jair Renan ao fundo. Ele responde mostrando o dedo do meio.
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Decidido a disputar as próximas eleições municipais buscando vaga na Câmara de Vereadores, o “zero-quatro” será o quarto filho de Bolsonaro a entrar na política. O pai apoia a decisão – falou sobre isso recentemente em um encontro em Brasília com o ex-deputado Rogério Peninha (MDB), com quem tem uma relação próxima.
Jair Renan tem o suporte do senador Jorge Seif (PL), que o emprega em seu escritório em Balneário Camboriú, e do prefeito Fabrício Oliveira (PL), um entusiasta da candidatura do jovem Bolsonaro. Mas o “passe” do zero-quatro tem sido disputado em outras cidades. Ele tem convites para concorrer em Itajaí , Florianópolis, e outras regiões do Estado.
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O sobrenome é o motivo da disputa. A expectativa é que, com o nome que tem, Jair Renan seja um impulsionador de votos, carregando uma base expressiva do PL para dentro do Legislativo.
O carimbo Bolsonaro, no entanto, não o torna imune às críticas, mesmo dentro do PL. Baladeiro e recém-chegado a Santa Catarina, Jair Renan enfrenta resistência velada de uma parcela dos pré-candidatos, que vinham se preparando para disputar a eleição e agora tendem a ser engolidos pelo filho do ex-presidente – inclusive, e especialmente, na distribuição de verbas para campanha.
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Vale lembrar que o presidente do PL em Santa Catarina é o governador Jorginho Mello, que tem uma relação próxima com Bolsonaro e procura manter-se no grupo leal ao ex-presidente.
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