A campanha do governador Carlos Moisés (Republicanos) está de olho nas eleições presidenciais. Abertamente, ninguém admite. Mas, nos bastidores, o entendimento é de que uma solução no primeiro turno beneficiaria o governador e evitaria o risco de que o acirramento da disputa entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) leve Moisés a acabar submerso pela mesma onda que o elegeu em 2018.
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Disputar um segundo turno com Jorginho Mello (PL), num cenário de segundo turno também nas eleições presidenciais, é avaliado como o terreno mais perigoso para Moisés. Como carregará para a urna o mesmo número do presidente Jair Bolsonaro, Jorginho poderia repetir em Santa Catarina o mesmo fenômeno de 2018, quando muitos eleitores escolheram o governador pelo número – e o eleito foi Moisés.
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Além disso, Bolsonaro pode decidir aparecer na campanha de segundo turno em Santa Catarina – o que não fará no primeiro turno, porque não pretende interditar palanques. A presença do presidente pode ter um peso importante na disputa.
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A preocupação da turma de Moisés não é assumida, mas explica os recentes acenos que o governador tem feito ao bolsonarismo. Apesar de ter escolhido se manter neutro no discurso, Moisés estreou na propaganda eleitoral gratuita na TV atirando com uma pistola e no fim de semana divulgou que recebeu apoio do apresentador Ratinho – pai do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e um notório bolsonarista. O Moisés de 2022 tenta escapar do “veneno” que aplicou na política em 2018.