Considerando as 10 cidades mais populosas de Santa Catarina, apenas a Capital e Joinville (as duas maiores) têm nota C na capacidade de pagamento (Capag) – o que pode trazer problemas na busca de financiamento público para a próxima gestão. Do Ministério da Fazenda e Tesouro Nacional, o Capag avalia estados e municípios que buscam empréstimos com garantia da União. Baseada em três indicadores (endividamento, poupança corrente e índice de liquidez), a análise determina o risco de crédito para o Tesouro Nacional.

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A dívida consolidada da Capital, segundo o site do Tesouro Nacional, é de R$ 1 bilhão. Em Joinville, é de R$ 464,6 milhões.

Blumenau, Chapecó, Palhoça e Jaraguá do Sul registram nota A. Já São José, Itajaí e Criciúma têm nota B. Lages não possui informações no site do Tesouro Nacional.

Se considerada apenas a região metropolitana de Florianópolis, Palhoça e Biguaçu, por exemplo, têm nota A. Cada uma, respectivamente, tem uma dívida de R$ 57 milhões e R$ 338 milhões. São José tem nota B (R$ 280,1 milhões).

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A prefeitura de Florianópolis diz que a nota C vem se repetindo ao longo do tempo – “só melhorou Capag na pandemia. Quando veio dinheiro federal e a despesa de pessoal foi congelada”, explicou, em mensagem à coluna.

Apesar disso, é uma das poucas capitais que estão revertendo o déficit para superávit. Na comparação, entre 2019 e 2023, divulgada pelo site Poder 360, Florianópolis passou de -R$ 83,8 milhões nas contas públicas (déficit) para +R$ 25,8 milhões (superávit). Esse dado foi levado em conta para que o município contraísse recentemente um novo financiamento junto ao Banco do Brasil, para novas obras.

Já a prefeitura de Joinville afirma ter sido prejudicada por uma mudança na metodologia de cálculo, que afetou a liquidez. “Com o elevado gasto em saúde que Joinville tem, exigindo aporte da Fonte 100, o município teve esse quesito prejudicado”, afirma em nota. “Contudo, já que a regra é outra, estamos trabalhando para melhorar os índices em uma próxima avaliação”.