O “Kit Covid-19” com hidroxicloroquina e ivermectina, embalado para presente e distribuído em Santa Catarina, tem repercutido nas redes sociais. O coquetel é alvo de embate entre médicos e cientistas, já que não há comprovação científica de que sirva para evitar ou tratar infecções causadas pelo novo coronavírus. 

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O kit foi distribuído pela Unimed de Brusque, que explicou que a ação foi restrita a profissionais que atuam na linha de frente de combate à pandemia e a médicos associados. Informou que a ação está baseada num protocolo utilizado pela Prefeitura de Porto Feliz, em São Paulo, que adotou o vermífugo ivermectina como prevenção ao novo coronavírus – o que vem sendo replicado em Itajaí.

Em nota, a Unimed Brusque diz que o uso dos medicamentos não é obrigatório e que decidiu distribui-los após ter adquirido os medicamentos, “tão escassos no mercado na atualidade”. A cooperativa afirma ainda que junto com o kit foi enviado um termo de consentimento, e que as pessoas que receberam os remédios passaram por exames “para excluir doenças que possam ser agravadas pelo uso da profilaxia”.

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A divulgação do kit levantou críticas à Unimed nacional, inclusive por parte de médicos que discordam da adoção do protocolo. Em resposta, a empresa informou nas redes sociais que orienta as cooperativas a seguirem as diretrizes das sociedades médicas brasileiras, e protocolos aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Pelo princípio cooperativista, a Unimed Brusque usou de sua autonomia para oportunizar a profilaxia a profissionais que atuam na linha de frente”, diz. 

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A Sociedade Brasileira de Pneumologia e a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiram notas públicas, no fim de junho, contra o uso das medicações que estão incluídas no kit. A OMS suspendeu recentemente todos os testes com hidroxicloroquina.

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