Neymar declarou voto no presidente Jair Bolsonaro (PL) e reclamou da reação nas redes sociais. Como qualquer brasileiro, ele tem direito de externalizar sua escolha. Mas, como o ídolo que é, precisa saber que suas opções importam. E que discordar delas é absolutamente democrático.

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Desde que não haja ameaças ou sanções, não há mal algum em um brasileiro reclamar da declaração de voto do camisa 10 da seleção. Assim como é legítimo que Neymar apoie Bolsonaro, é legítimo que uma parte de seus fãs discordem disso e se sintam desapontados.

O que Neymar escolhe dizer repercute, reverbera. E ele decidiu declarar apoio a um presidente que está em busca da reeleição, mas carrega o fardo de uma rejeição significativa. Inclusive no esporte. É evidente que isso seria transferido para ele. 

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Neymar tem um canhão de visibilidade para ajudar a melhorar as condições de vida dos brasileiros. Mantém seus projetos sociais, é verdade, mas optou por nunca se envolver nos problemas do país.

O jogador do Paris Saint-Germain não enviou ao Brasil, por exemplo, uma mensagem de solidariedade enquanto o país passou pelo período mais crítico da pandemia, como lembrou Walter Casagrande em sua coluna no Uol. Nem se envolveu quando o Brasil vergonhosamente retornou ao mapa da fome. Ou quando os índices de vacinação despencaram como resultado de uma política de mentiras e desinformação.

Alheio ao que se passa no país, Neymar acha que é possível mergulhar nessa eleição sem sair chamuscado. Sorte a dele que a Copa está logo ali. 

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