Uma decisão do desembargador João Henrique Blasi, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), suspendeu o afastamento do ex-superintendente da Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai), Victor Silvestre, e permitiu que retorne ao cargo. O desembargador levou em conta o risco de perda financeira, diante da reforma administrativa da prefeitura de Itajaí, que exonerou mais de 200 cargos comissionados.
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Silvestre havia sido afastado pela Justiça em agosto do ano passado sem a perda do salário, durante o período de instrução do processo. A defesa dele alegou que, com a reforma administrativa _ que atingiu a Famai, transformando-a em Instituto Cidade Sustentável _ o ex-superintendente perderia o cargo definitivamente, sem que o caso tenha sido analisado na Justiça.
Na decisão, o desembargador ressaltou que a fase de instrução processual, que justificava o afastamento, ainda não começou. “Assim, o transcurso de quase 180 dias, (…) limite para a duração do afastamento do cargo/função está se esvaindo sem aparente utilidade para a instrução do processo quer sob o ângulo temporal, quer sob o ângulo da utilidade para fim de instrução processual, a medida de afastamento não mais se justifica”, afirmou.
A prefeitura de Itajaí ainda não se manifestou sobre a decisão da Justiça. O afastamento foi em resposta a um pedido da 10ª Promotoria de Justiça de Itajaí e da coordenadoria estadual do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME), que apontou supostas irregularidades em processos de licenciamento, em que o superintendente teria desconsiderado pareceres da equipe técnica e favorecido empreendedores. Silvestre nega o suposto favorecimento.
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