O desembargador substituto do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), João Marcos Buch, está processando o governador Jorginho Mello (PL) por danos morais, com pedido de indenização. O motivo da ação foi uma fala do governador sobre o impasse que envolvia a nomeação do filho, o advogado Filipe Mello, para assumir a Casa Civil.
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Questionado por jornalistas sobre o caso, em um evento da Fiesc, Jorginho disse:
Para que criar polêmica? O governo está voando. Para que dar margem para alguma oposição boca torta, que talvez encoste um filho para ganhar uma boquinha. A gente não precisa disso, graças a Deus”.
A fala do governador foi vista como um ataque pessoal pelo desembargador, que possui uma cicatriz no rosto decorrente de um acidente com arma de fogo na infância.
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João Marcos Buch foi o desembargador responsável por conceder a liminar em uma ação movida pelo PSOL, que impedia Jorginho de nomear o filho. A decisão acabou derrubada depois, atendendo a um recurso da Procuradoria Geral do Estado.
Além do processo na Justiça estadual, o advogado Jefferson dos Santos Kuehlkamp, que representa o desembargador, também apresentou uma representação criminal junto ao Ministério Público Federal contra o governador por injúria. Nesse caso, a competência é do Superior Tribunal de Justiça.
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A coluna apurou que Jorginho deve ser representado pelo escritório de Filipe Mello. Por enquanto, a defesa não se pronuncia sobre o caso. O governador estava em voo na manhã desta sexta-feira (23), retornando de viagem a Dubai. A assessoria informou que ele ainda não foi intimado.
Em SC, a ação movida pelo desembargador substituto tramita no Segundo Juizado Especial Cível da Capital. O caso será julgado pelo juiz Marcelo Carlin.
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