Um café da manhã com os deputados, convocado pelo governador Jorginho Mello (PL), sinalizou que o governo deve encontrar barreiras no Legislativo para tirar do papel o projeto da Faculdade Gratuita. Os parlamentares “sabatinaram” os secretários da Educação, Aristides Cimadon, da Fazenda, Cleverson Siewert, e da Casa Civi, Estener Soratto. E apontaram os “flancos” que deverão ser trabalhados pela Alesc, com alterações e emendas.

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Para começo de conversa, uma parte dos deputados boicotou o encontro. A desculpa oficial era de que o café foi marcado para quinta-feira, data em que uma parte dos parlamentares tem agenda marcada em suas bases. Mas o fato é que, ainda na quarta, corria nos bastidores da Alesc a informação de que alguns deputados não compareceriam como “recado” ao governo de que não concordam com o modelo da proposta.

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Há dissidência entre os parlamentares, especialmente no que diz respeito a incluir ou não as universidades privadas entre as beneficiárias diretas do programa. O governo formatou o projeto para as universidades comunitárias, que, em tese, não visam lucro. Mas uma parte dos deputados defende que o governo deveria financiar “CPFs, e não CNPJs”, sem distinguir as instituições.

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Os deputados têm sido assediados por lobby de todos os lados, e o assunto está longe do consenso. Por isso a possibilidade do projeto tramitar em regime de urgência é vista como remota. A tendência é que a proposta, que será protocolada na próxima quarta-feira (10), entre na tramitação normal, contando com a boa vontade dos deputados para que acelerem o passo.

O problema, para o governo, é conseguir aprovar o projeto e colocá-lo em prática até o início do segundo semestre, como previsto.

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