O projeto de lei que criou novas secretarias e verbas indenizatórias na Alesc passou a jato pelo plenário. Foi votado em menos de um minuto, como registrou a coluna de Anderson Silva. Mas, nos bastidores, o assunto foi discutido, pegou fogo e causou atrito interno em dois partidos que estão em lados opostos, PL e PT.

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No centro da disputa estava a deliberação das bancadas de votarem unidas no projeto polêmico. Um “acordo de cavalheiros” foi fechado para que o ônus de aprovar a gratificação não recaísse sobre um alvo só.

Na bancada do PL, a confusão se instalou no grupo de WhatsApp dos deputados. Uma minoria de parlamentares era contra a proposta na véspera da votação. No plenário, Jesse Lopes e Sargento Lima racharam a bancada e votaram contra.

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Ana Campgnolo, que votou favorável ao projeto, gravou um vídeo e publicou Stories no Instagram falando sobre pressão interna após ser cobrada nas redes sociais.

No PT, a bancada era contrária à formação de novas secretarias com criação de cargos, mas os deputados foram convencidos a votar juntos. Um dos motivos teria sido um pedido da deputada Luciane Carminatti, que defende a criação da secretaria da mulher.

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Na hora da votação da proposta, no entanto, Carminatti votou contra – o que causou espanto e atrito entre os demais deputados da bancada. A surpresa foi tanta que os petistas seguiram acreditando no voto favorável da colega após o término da sessão. Como a deputada estava em pé, atrás do presidente da Alesc, Mauro de Nadal, a manifestação contrária não tinha sido percebida.