Há 28 anos, no dia 12 de outubro de 1992, o helicóptero em que viajava o deputado federal Ulysses Guimarães desapareceu a caminho de Angra dos Reis, no Litoral do Rio de Janeiro. O corpo de Ulysses, uma das figuras mais relevantes da política brasileira, nunca foi encontrado e ele foi declarado morto.
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Neste domingo (11), quase três décadas depois, a deputada estadual catarinense Ada de Luca (MDB) revelou que deveria estar a bordo da aeronave, e escapou da fatídica viagem por obra do acaso.
Na noite anterior ao voo, uma das filhas da deputada teve febre. Ela desmarcou a viagem para cuidar da menina.
– Eu liguei para ele dizendo que não ia – lembrou Ada.
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A deputada catarinense era, na época, chefe de gabinete de Ulysses Guimarães em Brasília. Ela diz que tem boas lembranças do deputado.
– Trabalhei com ele muitos anos. Para mim era um pai, era um guru. Parecia ser um cara carrancudo, meio babo, mas não. Era alegre, de bem com a vida, e a cabeça dele era só trabalho.
Ada disse que sentiu como se tivesse perdido um ente querido. Além de Ulysses, morreram no acidente a mulher dele, Mora, o senador Severo Gomes e a esposa, Maria Henriqueta, e o piloto Jorge Comemorato. Nem os corpos, nem o helicóptero, jamais foram encontrados.
Ulysses Guimarães foi o fundador do MDB e participou ativamente da redemocratização do país. Embora tenha apoiado o golpe de 1964, acabou se tornando mais tarde uma das mais proeminentes figuras de oposição à ditadura militar.
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Em 1988, coube a Ulysses, que era presidente da Assembleia Nacional Constituinte, promulgar a Constituição Federal.
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