A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) faz agenda política em Santa Catarina nesta sexta-feira (28). É “convidada de honra” da inauguração de um jardim neurossensorial para autistas em Balneário Camboriú, construído pela prefeitura – o maior da América Latina, segundo divulgou o município.
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Esta é a segunda visita de Michelle Bolsonaro a Balneário Camboriú nos últimos três meses. No feriado de Páscoa, ela se hospedou numa cobertura à beira-mar de um dos magnatas do agro no Mato Grosso, e participou junto com Jair Bolsonaro de um culto na igreja evangélica Embaixada do Reino de Deus.
Presidente nacional do PL Mulher, Michelle está se preparando para disputar o Senado em 2026, e chegou a ser cotada para concorrer à vaga de Sérgio Moro pelo Paraná, caso ele fosse cassado pelo TSE – o que não ocorreu.
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Pesquisas internas do PL mostraram boa avaliação da ex-primeira-dama como opção para o Senado no Rio de Janeiro, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal, considerado a primeira opção. No entanto, a frequência em Santa Catarina, onde o bolsonarismo é forte, e a presença em uma agenda política, chamam atenção.
Vale lembrar que o senador Jorge Seif (PL) ainda está “com a corda no pescoço”, com o processo que pede sua cassação pendente de julgamento no TSE. A tendência, hoje, é que ele seja absolvido pela Justiça Eleitoral. Mas a hipótese de uma eleição suplementar ainda não está descartada por completo.
Uma eventual escolha de Michelle por Santa Catarina não seria inédita na família Bolsonaro. O filho zero-quatro do ex-presidente, Jair Renan, vai disputar vaga na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, de olho em uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026.
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Fontes do PL em Santa Catarina, entretanto, negam a hipótese de Michelle transferir o domicílio eleitoral para o Estado e confirmam que a tendência é que ela dispute o Senado, de fato, pelo Distrito Federal. A presença em Balneário Camboriú seria um gesto para impulsionar a pré-candidatura do PL na cidade, do jornalista e pastor Peeter Lee Grando.
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Balneário foi a única cidade no Estado em que a escolha da sucessão do prefeito Fabrício Oliveira (PL) teve interferência de Bolsonaro. O ex-presidente pediu ao governador Jorginho Mello (PL) que deixasse escolha nas mãos do prefeito.
A gênese desse movimento inusitado está na igreja. Bolsonaro atendeu a um pedido de Silas Malafaia, a quem o pastor Michel Aboud, da Embaixada do Reino de Deus, recorreu a favor de Fabrício.