O senador Dario Berger confirmou à coluna nesta sexta-feira (11) que assinará filiação no PSB em São Paulo, junto com Geraldo Alckmin. O ato está previsto para a semana que vem e tem peso simbólico: a chegada de Alckmin ao PSB simboliza um passo à frente na consolidação da chapa com o ex-presidente Lula (PT). Para Dario, significa colocar os dois pés na chamada “frente democrática” em Santa Catarina e virar definitivamente a página de um projeto frustrado com o MDB.
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A data ainda está sendo ajustada, mas é provável que a cerimônia de filiação ocorra entre terça e quinta-feira. Até lá, Dario fará a despedida definitiva do MDB. A saída é marcada por desgastes internos e falas contundentes do senador sobre as escolhas do diretório estadual. Mas, prestes a deixar a legenda, ele preferiu adotar um tom mais leve:
– O MDB fechou portas e janelas para mim. Mas saio sem mágoa e sem dor, sei que muitos que estão lá vão me apoiar e só tenho a agradecer.
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A ideia de Dario era inserir o MDB no contexto da frente ampla que reúne PT, PDT, PSB, PSOL, PV, PCdoB, Rede Sustentabilidade e Solidariedade, para a qual ele migra agora. Mas a proposta enfrentou resistências e o MDB investiu em duas outras estratégias: a filiação do governador Carlos Moisés, que acabou frustrada, e a aposta no nome de Anrídio Lunelli, que foi escolhido pré-candidato com o esvaziamento das prévias.
De malas prontas, Dario evita dizer que chegará à frente democrática como pré-candidato.
– Não sou ainda o candidato dessa frente. Vou tentar construir e, se for possível, ficarei honrado. Precisamos chegar à conclusão que for o melhor caminho, melhor destino, sem conflitos ideológicos, inclusive. Eu ficaria honrado em defender composição que não é só de esquerda, é progressista, muito mais ampla.
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Dario se define como um político “de centro, com sensibilidade social voltada para a esquerda”, e por isso está confortável com a mudança. Diz que, embora seu projeto para 2022 seja concorrer ao governo, não descarta a hipótese de integrar uma chapa como candidato a vice-governador ou mesmo tentar a reeleição ao Senado – algo que ele não considerava até então.
– Se houver algum candidato com melhores perspectivas, serei o primeiro soldado a apoiar. Seja apoiando por outro desafio, como vice, senador, ou coordenador de um projeto que, na minha opinião, estamos precisando. Fui prefeito, como senador comandei a Comissão Mista de Orçamento, que é a mais importante do Senado, a Comissão de Educação, a Comissão de Infraestrutura. Como já tenho 65 anos, minha paixão é por completar a vida pública como governador, mas não a qualquer custo. Não sou parte do problema, quero fazer parte da solução.
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