A Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú vai dar início a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as condições do sistema de tratamento de esgoto e as consequências para a balneabilidade da Praia Central. Nesta semana, foi apresentado o requerimento com sete assinaturas – o mínimo necessário para que a CPI seja instaurada. O presidente do Legislativo, vereador David La Barrica (PRD), que é da base do governo, tem 10 dias para a instalação.
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O principal foco da apuração serão os serviços de saneamento e suspeitas de omissão na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Bairro Nova Esperança, que tem problemas crônicos de funcionamento. Em dezembro do ano passado, com a praia 100% imprópria para banho, a Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) admitiu à coluna que a eficiência do tratamento de esgoto estava reduzida por problemas na lagoa de aeração. Segundo o vereador André Meirinho (PP), que propôs a CPI mesmo após obras de melhorias a estimativa é que o índice atual de eficiência seja de 61%.
Outro ponto a ser levantado pela CPI é a divergência no resultado das análises de balneabilidade oficiais do Estado de Santa Catarina, feitas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), e as que são apresentadas regularmente pela Emasa – via de regra, com melhores resultados. A empresa pública critica o modelo de coletas feito pelo IMA – quem segundo o órgão ambiental, segue as diretrizes nacionais.
Em nota, o prefeito Fabrício Oliveira (PL) classificou a CPI de uma “farsa” e chamou de “oportunismo eleitoreiro”, uma vez que entre os proponentes há pré-candidatos à prefeitura nas próximas eleições.
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