Se o Senado decidir incluir prefeitos e governadores na CPI da Pandemia, que foi criada para investigar ações e omissões do governo federal, são grandes as chances da compra de respiradores em Santa Catarina voltar à tona.
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A aquisição fraudulenta já resultou em uma CPI na Alesc, e em um processo de impeachment que afastou o governador Carlos Moisés (PSL). Do ponto de vista da investigação no âmbito político, o trabalho está feito – mas uma reativação do caso no Congresso pode estender as discussões e trazer um fato novo ao Tribunal de Impechment, que deve ser chegar à fase final a partir do mês que vem.
Fontes próximas ao governador Carlos Moisés disseram que ele permanece tranquilo e não está preocupado com um eventual ‘revival’ das investigações políticas sobre a compra dos respiradores. Moisés confia no fato de ter sido inocentado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
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O relator da CPI dos Respiradores, deputado Ivan Naatz (PL), diz que a amplitude da investigação no Congresso torna “bem mais difícil” chegar a um resultado. Mas não é contrário à reabertura do processo – afirma que “tem um fator pedagógico importante”.
A inclusão de governadores e prefeitos na CPI da Pandemia é controversa, já que essas investigações costumam correr nos legislativos locais – como ocorreu na Alesc. A oposição acusa o governo de manobra para tirar o foco do presidente Jair Bolsonaro.
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Como o regimento interno do Senado não prevê CPI sobre questões relativas aos estados, o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) vai discutir com a Secretaria-Geral da Mesa Diretora se há possibilidade de fazer essa inclusão.
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