Carlos Moisés (PSL) está na lista de governadores e prefeitos que devem ser convocados pela CPI da Covid. Os requerimentos serão votados nesta quarta-feira (26), e têm o objetivo de atender aos apelos da ‘tropa de choque’ do presidente Jair Bolsonaro – da qual faz parte o senador Jorginho Mello (PL) – para investigar possíveis desvios de recursos durante a pandemia. 

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Nos pedidos, estão incluídos dez governadores e sete prefeitos. Todos foram alvo de operações da Polícia Federal ao longo da pandemia. No caso de SC, o foco é a Operação Pleumon, que ocorreu em setembro do ano passado. As investigações que envolviam o governador foram arquivadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por recomendação da Procuradoria Geral da República (PGR), depois que o relatório da PF não trouxe provas de participação direta de Moisés na aquisição dos respiradores.

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Moisés se manifestou nas redes sociais nesta terça, depois que a confirmação sobre o requerimento veio à tona. Ele disse que prestará informações à CPI:

“Todas as informações referentes ao combate à pandemia em Santa Catarina, bem como o resultado de quaisquer investigações da Polícia Federal, MPF, MPSC e decisões judiciais, serão encaminhadas ao Senado Federal para auxiliar nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito”.

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O governador também ‘cutucou’ o senador Jorginho Mello (PL), único catarinense a integrar a CPI da Covid. Jorginho já havia confirmado à coluna, na semana passada, que o nome de Moisés estava entre os possíveis depoentes da Comissão. O encontro na CPI é visto como um possível ensaio para 2022, já que Jorginho pretende concorrer ao Governo do Estado.

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“Acredito que a tentativa de criar um factóide por parte de um dos integrantes, que até agora pouco tem acrescentado aos trabalhos, não será suficiente para desvirtuar a Comissão de seu verdadeiro papel. Assim, sigo à disposição para contribuir”.

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A guinada no foco da CPI é a principal aposta do governo para tirar dos holofotes as ações e omissões do governo federal, que têm promovido sessões públicas de desgaste da gestão de Bolsonaro. A ideia é cavoucar o uso dos recursos que foram enviados pelo governo a estados e municípios. 

De acordo com comentarista da GloboNews, Valdo Cruz, a lista de requerimentos que envolvem governadores inclui os governos do Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. 

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Em relação aos prefeitos, os requerimentos envolvem as prefeituras de Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Macapá (AM), Recife (PE), Rio Branco (AC), São Luis (MA) e São Paulo (SP).

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