A sede de uma construtora de Balneário Camboriú está entre os alvos de mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nesta terça-feira (15) pela Operação Vertigem, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro na negociação de imóveis. O foco das investigações são apartamentos de luxo que, segundo a Polícia Federal, foram usados para “esquentar” dinheiro do tráfico internacional de drogas.

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Os imóveis pertencem, de acordo com a polícia, ao chefe de uma quadrilha que enviava cocaína para a Europa usando o Porto de Paranaguá. O grupo foi desmantelado em outra operação, deflagrada em novembro de 2020.

A Polícia Federal do Paraná, que coordenou a operação Vertigem em parceria com a Receita Federal, não divulgou qual a construtora de Balneário Camboriú que foi alvo de mandado de busca. A empresa teria recebido uma grande quantidade de dinheiro em espécie pela venda de um imóvel, sem formalização em contrato nem comunicação aos órgãos competentes, como manda a lei.

A Receita Federal exige declaração de pessoas físicas ou empresas que receberem valores superiores a R$ 30 mil em dinheiro vivo no prazo de um mês.

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“Balneário Camboriú virou uma lavanderia a céu aberto”, diz delegado de repressão às drogas

Esclarecimento sobre imagens

A Operação Vertigem cumpriu ao todo cinco mandados de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Itajaí e Arapongas (PR). Entre os alvos estavam apartamentos de alto padrão avaliados entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões.

Pela manhã, a divulgação de imagens do interior e exterior de um dos apartamentos pela PF – um arranha-céu na Avenida Atlântica – levou a construtora FG, que ergueu o imóvel, a emitir uma nota de esclarecimento em que explica que a empresa não está entre os alvos da operação.

“A construtora informa que o imóvel investigado foi vendido para um cliente da empresa em 2013 e, posteriormente, o mesmo imóvel vendido por esse cliente para um terceiro em 2019, não tendo a construtora qualquer relação com este terceiro que é investigado”, informa o comunicado.

Em um dos apartamentos de Balneário Camboriú, os policiais encontraram uma pequena quantidade de maconha e documentos supostamente falsos. O responsável pelo imóvel foi conduzido à Delegacia da PF em Itajaí.

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