O Estaleiro Brasil Sul – novo nome do estaleiro Oceana, em Itajaí, que foi adquirido pela alemã Thyssemkrupp – está passando por uma revolução. A estrutura está sendo reformada para receber a construção das quatro fragatas encomendadas pela Marinha do Brasil, um projeto de R$ 9 bilhões. A primeira embarcação já tem data para começar a sair do papel. As chapas de aço começarão a ser cortadas em abril do ano que vem.

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A expectativa é que a construção dos navios gere 2 mil empregos diretos no auge da construção, e até seis mil empregos indiretos. Por enquanto, não foi aberta contratação de funcionários para a linha de produção – mas é comum que pessoas procurem o estaleiro para deixar currículo.

Na última terça-feira (27), o comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, esteve em Itajaí para inaugurar uma nova sede da Emgepron, empresa de projetos da Marinha do Brasil, que funcionará dentro do estaleiro. Ali ficarão os engenheiros que foram contratados pela Marinha especialmente para acompanhar os trabalhos do consórcio Águas Azuis, vencedor da concorrência pública para projeto e construção dos navios.

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Volnei Morastoni: “Construção das fragatas vai proporcionar a Itajaí mais de uma década de crescimento”

Com isso, a Emgepron passa a ter dois escritórios em Itajaí – o primeiro deles foi inaugurado ainda no ano passado, e fica nas imediações do Porto de Itajaí.

O consórcio Águas Azuis está em fase de prospecção de fornecedores. Já foram iniciadas, por exemplo, as negociações para equipar a casa de máquinas da primeira fragata. O contrato prevê que a embarcação tenha, no mínimo, 33% de insumos nacionais.

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Rodrigo Duarte, diretor-presidente da Itajaí Participações – empresa pública de fomento aos negócios em Itajaí – disse que o momento é de busca por parcerias locais, regionais e estaduais para abastecer a construção dos navios.

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O município também prepara infraestrutura para a etapa de construção. A movimentação de caminhões no entorno do estaleiro, que fica na margem do Rio Itajaí-Açu, deve aumentar consideravelmente. Em dezembro, por exemplo, é prevista a chegada de 200 caminhões carregados de aço para as fragatas.

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O prefeito Volnei Morastoni (MDB) pretende se reunir com o governador Carlos Moisés (sem partido) para pedir apoio do Estado em obras para melhorar as entradas e saídas próximas ao estaleiro.

O contrato da Marinha com o consórcio Águas Azuis para construção das quatro fragatas tem dez anos de duração. Mas a expectativa é que a empreitada faça de Itajaí, e de Santa Catarina, um novo cluster da indústria naval de defesa.

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