Consórcio de vacinas traz capital político para Gean Loureiro

A escolha de Gean Loureiro (DEM) para presidir o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), tem um peso político importante para o prefeito da Capital, que está de olho nas eleições de 2022. O bloco representa mais de 2,6 mil cidades brasileiras, incluindo 25 capitais, e corresponde a um contingente populacional de 150 milhões de pessoas. É o maior consórcio do país, e um dos maiores do mundo.

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A liderança do grupo era cobiçada por outros prefeitos, de olho no potencial de visibilidade e trânsito político que ele traz. Um dos candidatos a presidir o consórcio era o prefeito de Recife (PE), João Campos (PSB). Na eleição de diretoria, Gean Loureiro angariou apoios importantes como o do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo (MDB).

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O consórcio abre portas. Em nome do grupo, o prefeito de Florianópolis fez contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Panamericana de Saúde (Opas), reuniu-se com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e com representantes do governo dos Estados Unidos, em busca de empréstimo ou doação de vacinas que não serão usadas pelos norte-americanos. Esse encontro foi intermediado pela ex-ministra e ex-senadora Marta Suplicy, secretária de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo.

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A presidência do grupo amplia o trânsito e a influência de Gean Loureiro e pode render mais dividendos políticos se o consórcio conseguir trazer mais doses ao Brasil. A ampliação do programa de imunização é o ‘pote de ouro’ da política diante de um país em colapso generalizado na saúde, com prevalência de novas variantes e falta de vacinas.

Compliance

A primeira deliberação do consórcio de vacinas da FNP foi estabelecer medidas de compliance, como a definição da divulgação de ações em portal de transparência. Como o presidente do grupo é um prefeito catarinense, caberá ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) fazer o acompanhamento das eventuais aquisições de vacinas.

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