O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) fez uma visita técnica nesta semana a Porto Belo, no Litoral Norte do Estado, onde haverá eleição suplementar para prefeito e vice no próximo dia 5 de junho. As vagas foram abertas pela renúncia dos titulares – o prefeito saiu para concorrer a deputado estadual. O vice, para retomar a carreira de professor.
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O objetivo da visita era cumprir um passo importante na realização do pleito: a geração e configuração das urnas eletrônicas, a partir de sua apresentação zerada e a posterior inserção do nome, número e fotos dos candidatos e respectivos partidos, assim como o cadastro dos eleitores e de todas as zonas eleitorais que vão funcionar na data marcada para o sufrágio.
Como é de praxe, o processo ocorreu em audiência pública – uma oportunidade ímpar para o exercício da fiscalização. Apesar disso, foi acompanhado somente por um representante da OAB/SC. Candidatos, dirigentes de partidos políticos, entidades civis, ONGs, associações de moradores e forças armadas, por exemplo, não se fizerem presentes. Nem os difamadores, aqueles que costumam colocar em dúvida o processo eleitoral.
O desembargador Leopoldo Brüggemann, presidente do TRE, interpretou o fato como uma demonstração de confiança na lisura do processo e no papel desempenhado pela justiça eleitoral. Ele acredita que oportunizar ampla transparência ao processo – afinal, os presentes poderiam impugnar qualquer procedimento suspeito – evita percalços posteriores.
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O trabalho em Porto Belo foi concluído com a configuração de 50 urnas, 41 de seções eleitorais e mais nove de contingência para eventuais trocas, no ginásio da Escola Básica Tiradentes. Para evitar o eco no ambiente vazio, as crianças do colégio foram convidadas a acompanhar os procedimentos. Uma ótima oportunidade para garantir que as novas gerações cresçam imunes ao canto da sereia das teorias da conspiração que ameaçam a democracia.