O Porto de Itapoá e o Porto de São Francisco do Sul lançaram em conjunto uma campanha publicitária para demonstrar a importância do Complexo Portuário da Baía da Babitonga para a comunidade local, para a geração de receitas em Santa Catarina, e para a economia nacional. Com o slogan “Complexo da Baía da Babitonga – parece complexo, mas é fenomenal”, os terminais querem marcar espaço como um dos maiores players do país.

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O complexo portuário integra, além dos dois portos de grande porte, outros terminais como Transpetro e Terminal Gás Sul, além de diversos terminais retro portuários. Só no ano passado, a Babitonga movimentou mais de 56 milhões de toneladas, equivalente a mais de 60% do share do mercado catarinense. 

O Complexo da Baía da Babitonga está entre os mais antigos do Brasil, com a operação em São Francisco do Sul, que é especializada em carga geral, incluindo grãos. A partir da chegada do Porto Itapoá, a atividade passou a incluir também o segmento de cargas conteinerizadas, que são o “filé” do setor portuário pelo valor agregado. O terminal privado é hoje o quatro do país em movimentação.

A busca por firmar espaço, inclusive no imaginário dos catarinenses – o chamado soft power –  faz sentido num momento em que o complexo demanda grandes investimentos de infraestrutura. O principal deles é a dragagem do canal de acesso à Baía da Babitonga, que tornará possível a navegação de embarcações maiores, que hoje não navegam na costa brasileira.

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Hoje, o canal de acesso comporta navios capazes de carregar cerca de 10 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Com a obra, o canal de acesso será capaz de receber navios de maior porte, com capacidade para cerca de 16 mil TEUs.

Além do notório ganho de produtividade, a obra torna a navegação mais segura e menos sujeita às marés, o que gera mais agilidade. A obra é orçada em R$ 300 milhões e está na iminência de ter sua Licença de Instalação emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, o que autoriza o início das obras. A expectativa é que o modelo de financiamento seja inédito no Brasil, pago pela iniciativa privada e compensado com taxas futuras.

A obra também tem uma importante contrapartida ambiental, que é o uso benéfico do sedimento retirado do local. Pela primeira vez no Brasil, em obras desse perfil, esse sedimento será aproveitado para a engorda das praias de Itapoá, que hoje sofre um sério problema de erosão costeira.