A novela do processo que pode levar à cassação o senador Jorge Seif (PL) ganhou um novo ator, em papel inesperado. O PT tenta barrar o projeto de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, de “abocanhar” a cadeira de Seif definitivamente com uma articulação político-jurídica. 

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Para lembrar quem é quem nessa história, o processo contra Seif, por suposto abuso de poder econômico, foi movido pelo PSD em Santa Catarina – partido de Raimundo Colombo, que ficou em segundo lugar pela cadeira no Senado.  

Na hipótese do senador catarinense perder o mandato, a lei determina que seja feita uma nova eleição. No último caso semelhante, em 2019, a Justiça permitiu que a vaga da senadora cassada Selma Arruda, que era conhecida como “Moro de saias”, fosse ocupada temporariamente pelo candidato que ficou em segundo lugar, até a eleição suplementar – que ele acabou vencendo. 

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Em Brasília, o PSD nacional vem tentando construir uma saída diferente, caso a cassação de Seif se confirme no TSE. A articulação é para que Raimundo Colombo assuma definitivamente o mandato, sem ter que disputar nova eleição.  

Só que o PT é a principal barreira para os planos do PSD em Brasília. Ocorre que o partido de Lula está de olho na possibilidade de abertura de outra vaga para o Senado, no Paraná. Isto pode ocorrer com a possível – e há quem trate como muito provável – cassação de Sérgio Moro (União).  

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A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, que é deputada pelo Paraná, quer disputar a cadeira de Moro no Senado. E isto seria inviabilizado caso a manobra do PSD, de derrubar a necessidade de uma eleição suplementar, dê certo. 

O curioso é que, levando em conta a votação do bolsonarismo em SC, há uma leitura de que caso Seif seja cassado e a Justiça Eleitoral convoque nova eleição, o PL é favorito a ficar novamente com a vaga. De certa forma, ao barrar o movimento do PSD o PT beneficia indiretamente, em SC, o PL, seu principal opositor.  

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