O senador Jorge Seif (PL) tem contado com a articulação política do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), no processo que pode levá-lo à cassação de mandato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A movimentação de Pacheco não é por acaso: o presidente do Congresso Nacional está de olho nos gestos que podem influenciar na escolha do comando do Legislativo no ano que vem.
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A articulação de Pacheco é uma sinalização aos demais senadores de que, como presidente, esta em defesa “dos pares”. Esse tipo de gesto é valorizado no corporativismo político. Pacheco, que presidiu o Senado por dois mandatos e está impedido de concorrer, quer garantir a sucessão, elegendo Davi Alcolumbre (União), que o ajudou a chegar à presidência. Vale registrar que Alcolumbre também se movimentou a favor de Seif nos últimos dias.
A ajuda providencial de Pacheco foi uma espécie de última cartada para o senador catarinense junto ao TSE. Seif resistiu em procurar apoio fora do bolsonarismo, mas percebeu que precisava ampliar as relações.
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Ocorre que a mobilização pró-Seif virou uma saia-justa para Pacheco. O presidente do Senado é do PSD, partido que é o responsável pelo processo que pode levar Seif a cassação. Para Pacheco, essa mobilização tem um custo: internamente, na cúpula nacional, o PSD não “engoliu” bem a decisão dele de trabalhar contra os interesses do partido.