O alargamento da Praia Central pode ter contribuído para piorar os índices de balneabilidade em Balneário Camboriú, segundo especialistas. Desde a virada de ano, nenhum dos dez pontos avaliados pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) foi considerado próprio para banho.
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Tanto na área técnica do próprio IMA, quanto entre fontes especializadas em saneamento ouvidas pela coluna, uma das hipóteses apontadas é que, com o aterramento de 70 metros a praia, os molhes da Barra Sul e do Pontal Norte ficaram mais curtos – e isso alterou a dinâmica da chegada das águas que vêm do Rio Marambaia e do Rio Camboriú.
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Com os molhes reduzidos, a água que era direcionada para alto-mar agora deságua mais perto da arrebentação. Se houver mais poluição nos rios, o impacto sobre a Praia Central será maior. Além do esgoto tratado de Balneário Camboriú, o Rio Camboriú recebe o esgoto sem tratamento que vem da vizinha Camboriú.
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Na última análise de balneabilidade, com coletas do dia 9 de fevereiro (quinta-feira passada), três dos dez pontos de coleta na Praia Central estão abaixo do limite de 800 bactérias escherichia coli para cada 100 mililitros. São os três pontos ao Norte, na saída do Rio Marambaia, Ruas 1001 e 51. No entanto, os três locais ainda não mudaram de classificação porque a balneabilidade avalia a situação de cinco coletas anteriores para definir se o ponto está ou não próprio para banho.
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Os pontos mais críticos, no momento, estão entre o Centro e a Barra Sul. As piores avaliações ocorreram na Rua 2500, com 11.195 escherichia coli para cada 100 ml, e na Rua 3500, onde a amostra atingiu o pico de contaminação: índice de 24.196.
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