Faltando 100 dias para as eleições municipais, a tomada do Republicanos em Santa Catarina pelo governador Jorginho Mello (PL) trouxe um impasse em Itajaí, onde o cenário da disputa começava a se desenhar. Ocorre que a “troca de mãos” do Republicanos pode desfazer o acordo prévio do partido com o pré-candidato Osmar Teixeira do PSD – o que embaralha as cartas.
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O deputado federal Jorge Goetten, agora Republicanos, assumiu nesta semana o comando do partido tendo o irmão do governador Jorginho Mello (PL), Juca Mello, como vice – e com a missão de levar a nova sigla para Robison Coelho, pré-candidato a prefeito pelo PL em Itajaí.
Com quatro vereadores, o Republicanos enxerga essa parceria distante e já prometeu ao PSD que não arredará pé da parceria com Osmar. Mas, nos bastidores, uma possibilidade começou a ser sondada – a hipótese de Marcelo Werner, atual presidente da Câmara de Vereadores, ser vice de Robison Coelho.
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Uma coligação formada por PL, Republicanos, PP e PSDB garantiria uma chapa forte, com mais de dois minutos de televisão e uma grande nominata de vereadores. Solução simples, se Jorginho não tivesse prometido a vaga de vice-prefeito ao vereador liberal Rubens Angioletti, que diz não abrir mão da majoritária.
O fato é que há uma promessa do presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, de que os acordos prévios serão mantidos em Santa Catarina. Mas Jorge Goetten disse à coluna, no início da semana, que é possível buscar novos entendimentos “no amor”. Na sexta-feira (21), ele fez um almoço em sua casa em Itajaí para se aproximar dos novos correligionários.
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Os pessedistas, por sua vez, afirmam ter garantia do Republicanos de que não haverá recuo. No núcleo de Osmar Teixeira, a leitura é que, caso o Republicanos ceda à pressão, levará “só o CNPJ”. Significa que o apoio continuaria com a chapa liderada pelo PSD, que aparece bem posicionada nas pesquisas internas. Mas, em caso de uma debandada real, o partido diz que tem apoios firmados de partidos como Podemos, Avante, Agir e PRD, que podem garantir a nominata e vereadores. O problema, para Osmar, é que sem o Republicanos a chapa perde um tempo precioso na propaganda eleitoral na TV.
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Do outro lado está o deputado federal Carlos Chiodini, presidente estadual do MDB e pré-candidato a prefeito de Itajaí com o apoio do PDT, Mobiliza e possivelmente do União Brasil. Chiodini tem o respaldo do PIB local e as articulações para o retorno das operações do Porto de Itajaí a seu favor. Mas ainda está buscando uma identificação com o eleitor itajaiense. A pré-candidatura do MDB pode ser a maior beneficiada caso o PSD seja abandonado pelo Republicanos. Os emedebistas têm interesse em firmar uma aliança e levar Osmar Teixeira para uma dobradinha, o que daria uniria a bagagem política de um à juventude do outro, e agregaria o “rosto peixeiro” ao projeto do MDB.
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Nesse caso, o movimento de Jorginho em direção ao Podemos levará Itajaí a uma eleição polarizada.