Prestes a ser ouvido como testemunha na CPI da Covid, no Senado Federal, o empresário Luciano Hang tem dito que não fugirá dos questionamentos dos senadores na próxima quarta-feira (29). Ele decidiu não conceder entrevistas no período que antecede o depoimento, mas tem se manifestado pelas redes sociais. Nesta segunda-feira, disse que terá “todo o tempo do mundo” para responder às perguntas – com uma algema nas mãos.

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– Estou indo na CPI com o coração aberto. Gentileza gera gentileza, respeito gera respeito. Eu quero que eles façam as perguntas e que eu tenha todo tempo do mundo para responder. Eu tenho tempo, toda a quarta-feira vai estar disponível (…). Se não aceitarem o que eu falar, não tem problema. Já comprei uma algema, vou entregar a chave a cada um dos senadores. Que me prendam.

Hang levará ao Senado duas equipes de advogados, pessoais e de sua empresa. A coluna apurou que ele queria dispensar a assessoria jurídica, mas foi convencido a se deixar acompanhar pela defesa. O empresário também não quis entrar com pedido de habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo do que fizeram outras testemunhas ouvidas pela CPI – o instrumento teria sido sugerido porque os senadores pretendem questionar a respeito do inquérito das fake news, que levou Luciano Hang a ser alvo de um mandado de busca e apreensão em maio do ano passado.

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Em entrevista à GloboNews, no domingo (26), o senador Randolfe Rodrigues (Rede) disse que o depoimento de Hang seguirá em duas linhas: a divulgação de informações falsas sobre a pandemia e tratamentos ineficazes, e o lobby a favor de um projeto de lei que liberaria a importação e distribuição de vacinas por empresas privadas.

Apesar de ter aberto mão do habeas corpus, Hang tem o direito de se manter calado caso diante dos questionamentos dos senadores. Fontes ouvidas pela coluna, no entanto, afirmam que ele não pretende usar essa garantia. O único ponto que o preocupa são as referências à mãe. O empresário teria ficado bastante incomodado com as afirmações feitas pelos senadores a respeito da morte de Regina Hang, em fevereiro deste ano. 

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