Um novo modelo de gestão de escalas, implementado pelo Comando Geral da Polícia Militar, ajudou a alimentar a crise de relacionamento do governo Jorginho com a PM e é apontado como estopim de um movimento que tem ganhado força na caserna e levado preocupação para o Centro Administrativo.

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O impasse vem de uma decisão que impôs escalas-padrão para todo o Estado, o que causou um problema nos batalhões que têm menor efetivo. Isso tirou dos comandantes locais a gerência sobre o número de policiais disponíveis.

Mas não só: o modelo deixa os batalhões desguarnecidos, em alguns horários, dos Pelotões de Patrulhamento Tático, o PPT – grupo de elite da PM, usado em operações especiais. Esse “buraco” nas escalas tem provocado problemas. Recentemente, os policiais do PPT que estavam de folga precisaram ser chamados, em casa, para comparecer a uma reintegração de posse na Capital.

Jorginho enfrenta crise com a Polícia Militar

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Grupos do PPT foram os primeiros a se insurgir, internamente, contra o modelo de escalas – e o movimento ganhou força na PM. O descontentamento juntou-se às demandas por reajuste salarial, e o problema virou uma bola de neve, traduzida em severas críticas ao comando geral e ao governo nos grupos de mensagens dos quais participam os militares.

Como a coluna informou na segunda-feira (13), o cenário já é considerado insustentável pelo governo, e há possibilidade de troca de comando. Uma crise com a Polícia Militar é vista como um ponto de atenção para o projeto de reeleição do governador.

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