Como funciona o pedágio no Paraná que ministro quer repetir em SC

O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse em entrevista ao Bom Dia SC, na NSC TV, que a concessão híbrida de rodovias é uma medida fundamental para melhorar a condição das estradas em Santa Catarina. Ele citou o modelo do Paraná, que inclui em um só pacote vias federais e estaduais.

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O estado vizinho já possuía rodovias federais pedagiadas, mas o contrato de concessão do chamado Anel da Integração terminou há um ano e meio, e aguarda novo leilão.

A novidade é que, em março, o governador Ratinho Junior (PSD) assinou a cessão de rodovias estaduais, que eram de responsabilidade do governo do Estado, para a União. Com isto, viabilizou o primeiro leilão híbrido do país.

O modelo permite que cada lote, que pode incluir estradas federais e estaduais, seja administrado pela mesma concessionária, com investimentos combinados. O pacote tem obras como duplicações, terceiras faixas e manutenção.

Santa Catarina terá mais pedágios com novas concessões de estradas

O primeiro lote de concessões no estado vizinho foi aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres em maio, com leilão previsto para agosto na Bolsa de Valores de São Paulo. Os investimentos previstos somam R$ 5 bilhões. No total, após a execução de todas as concessões, o Paraná chegará a R$ 50 bilhões de investimentos na malha rodoviária, segundo o ministro.

Uma das principais vantagens do modelo, na avaliação do Ministério dos Transportes, é garantir melhorias mais consistentes, evitando que as rodovias estaduais sirvam como “escape” dos pedágios federais.

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Pedágio caro

O impasse, no Paraná, era historicamente o valor dos pedágios. As tarifas custavam R$ 20 ou mais, valor que chega a ser cinco vezes mais alto do que o pedágio da BR-101 em Santa Catarina. O governo federal prometeu que o novo pedágio no Paraná será mais barato – mas ainda terá valor mais alto que o de SC, onde a tarifa é considerada insuficiente para garantir as obras necessárias.

R$ 15 bi em SC

Em Santa Catarina, o ministro diz que os estudos apontam para uma previsão de investimentos de R$ 15 bilhões com a concessão combinada de rodovias estaduais e federais. O modelo será usado como base também para outros estados brasileiros.

Jorginho

Renan Filho disse que já conversou sobre a proposta com o governador Jorginho Mello (PL) e a bancada catarinense, em Brasília. No entanto, a concessão híbrida pode encontrar um entrave em SC. O governador é favorável ao pedagiamento de rodovias federais, mas já se manifesto contrário à cobrança em estradas estaduais.