Dos 19 parlamentares catarinenses no Congresso Nacional, entre deputados federais e senadores, apenas cinco votaram contra a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que turbinou o “fundão” eleitoral. O montante destinado aos partidos para as eleições do ano que vem subiu de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, quase três vezes mais.

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Ainda na Câmara dos Deputados, o Novo tentou incluir um destaque retirando o fundão da LDO. Mas a proposta foi rejeitada em votação simbólica, em que não há manifestação individual dos deputados – por isso, não há como definir quem foi contra e quem foi a favor do destaque.

Já na votação nominal da LDO, votaram contra os deputados federais catarinenses Carmen Zanotto (Cidadania), Gilson Marques (Novo), Pedro Uczai (PT) e Rodrigo Coelho (PSB). O deputado Carlos Chiodini (MDB) não votou. A proposta foi aprovada por 278 votos a 145.

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Gilson Marques e Rodrigo Coelho se manifestaram sobre a votação nas redes sociais.

No Senado, o único catarinense a votar a LDO foi Dario Berger (MDB), que foi contrário à proposta. Esperidião Amin (PP) e Jorginho Melo (PL) se abstiveram de votar. A LDO com o “superfundão” passou por 45 votos a 33.

Dario Berger escreveu nas redes sociais que considera o aumento injustificável.

A turbinada no fundão foi proposta na quarta-feira (14), quando o relator do projeto da LDO, deputado Juscelino Filho (DEM-MA) apresentou seu relatório aumentando o valor do fundo eleitoral. A Comissão Mista do Orçamento aprovou o texto na manhã de quinta-feira, e à tarde ele seguiu para votação.

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O milagre da multiplicação do fundão expõe a falta de sensibilidade do Congresso Nacional com a população brasileira em meio à pandemia e à crise econômica, com desemprego recorde e inflação nas alturas – especialmente nos itens mais básicos, como alimentos e combustível.

A turbinada do fundão atrapalha inclusive as discussões sobre o financiamento público das campanhas eleitorais, que é uma importante medida de combate à corrupção. De olho nas próprias verbas eleitorais, o Congresso Nacional golpeou o orçamento público em 2022. Um desserviço aos brasileiros.

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Para completar a lambança, a votação da LDO libera o Congresso para o recesso parlamentar. Significa que, depois de garantir um aumento estrondoso para o fundo eleitoral em 2022, os parlamentares estão de folga.

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Veja como votaram os catarinenses:

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Angela Amin (PP) – SIM 

Carlos Chiodini (MDB) – SEM VOTO 

Carmen Zanotto (Cidadania) – NÃO 

Caroline de Toni (PSL) – SIM 

Celso Maldaner (MDB) – SIM 

Coronel Armando (PSL) – SIM 

Daniel Freitas (PSL) – SIM 

Darci de Matos (PSD) – SIM 

Fabio Schiochet (PSL) – SIM 

Geovania de Sá (PSDB) – SIM 

Gilson Marques (Novo) – NÃO 

Hélio Costa (Republicanos) – SIM 

Pedro Uczai (PT) – NÃO 

Ricardo Guidi (PSD) – SIM 

Rodrigo Coelho (PSB) – NÃO 

Rogério Peninha (MDB) – SIM

SENADO

Dario Berger (MDB) – NÃO

Espiridião Amin (PP) – Ausente

Jorginho Mello (PL) – Ausente

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