Sem apoio nem entre os tucanos e com um alto índice de rejeição nas pesquisas, João Dória seguiu o roteiro que já se anunciava há semanas e, nesta segunda-feira (23), anunciou lamurioso sua desistência da pré-candidatura à presidência. Deixa o caminho aberto para o PSDB anunciar apoio a Simone Tebet (MDB) ou para buscar outra saída caseira, menos honrosa, para as eleições presidenciais.

Continua depois da publicidade

Receba notícias do DC via Telegram

De certa forma, ao se afastar da corrida Dória retirou o próprio bode da sala – mas deixou um elefante. É que, com outro projeto desenhado, o caminho afunila para um grupo que abunda em no PSDB em SC, mas não só aqui – o dos tucanos bolsonaristas. Com novas opções à mesa, será necessário tomar posição e mostrar se a resistência era apenas à figura de João Doria ou a formar palanque para um candidato que se oponha ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

O fato é que o episódio das prévias do PSDB, que culmina com a desistência de Dória, sela o curioso processo de encolhimento do partido que foi um dos mais importantes do país após a redemocratização. Nos últimos meses, os tucanos viram uma de suas principais lideranças, Geraldo Alckmin, voar para o PSB e compor chapa com Lula, envolveram-se em uma escolha de candidato à presidência cercada de confusão e terminam esse processo com o partido fragmentado.

O mesmo cenário nacional reflete em Santa Catarina, onde, sem projeto consistente ou liderança em ascensão, os tucanos têm conversado aqui e ali e ensaiam composições – mas estão longe de ser a noiva mais desejada do salão.

Continua depois da publicidade

Participe do meu canal do Telegram e receba tudo o que sai aqui no blog. É só procurar por Dagmara Spautz – NSC Total ou acessar o link: https://t.me/dagmaraspautz