Nas semanas que antecederam o segundo turno das eleições municipais, todos os olhos do Novo estiveram voltados para Joinville – única cidade no país onde a legenda permaneceu na disputa. Com a vitória de Adriano Silva, o partido deve fazer de Santa Catarina o laboratório de sua primeira experiência em gestão municipal.
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Além do único prefeito no Brasil, o Novo elegeu em SC seu maior número de vereadores. Foram 10, pouco mais de um terço do total de parlamentares eleitos pela sigla no país. Um resultado nacional que destoa de 2018, quando o partido deixou as urnas como promessa depois de ter conquistado um governo de Estado (Romeu Zema, em Minas Gerais) e ter chegado em quinto nas eleições presidenciais.
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O discurso oficial é de que o partido escolheu poucas cidades para concorrer em 2020. Mas o ex-presidente do Novo, Joao Amoêdo, reconheceu que o desempenho ficou abaixo do esperado em uma publicação nas redes sociais, logo após o primeiro turno. Em Minas Gerais, por exemplo, onde governa o Estado, o partido não teve êxito em nenhuma das três cidades em que concorreu à prefeitura.
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> Renato: O desafio de Adriano Silva e do Novo em Joinville
Por esse motivo, o ‘namoro’ com Santa Catarina parece promissor para o Novo. Tanto, que o partido trouxe Romeu Zema para participar da campanha de Adriano no segundo turno, em uma viagem que deu o que falar. O partido bancou a viagem do governador mineiro – mas, como precisa estar acompanhado de seguranças, sua equipe de retaguarda veio a SC em um avião oficial do Estado de Minas Gerais. O passeio pegou mal e levou Zema a ser questionado pela Assembleia Legislativa do estado.
A exemplo do governador de Minas, Adriano terá a responsabilidade de comprovar se a política liberal e o conjunto de regras do Novo, que vão de ‘vestibular para candidato’ e concurso para secretários ao uso de estratégias empresariais na administração pública, funcionam no Executivo.
Não é exatamente algo inédito para Joinville, que tem uma ‘quedinha’ por candidatos que carregam o carimbo empresarial e sem experiência política. Mas é uma novidade para o Novo, que tem nas mãos a maior cidade e a maior economia do Estado. Uma prova de fogo para 2022.
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