O relatório semanal de classificação de risco de Santa Catarina acende um novo sinal de alerta sobre a transmissibilidade do novo coronavírus. Com exceção do Alto Uruguai Catarinense, todas as outras 15 regiões estão em nível gravíssimo de transmissão. Esta é a primeira vez desde o início da pandemia, em março, que o Estado atinge um patamar tão alto para esse critério. Apesar disso, a governadora Daniela Reinehr continua inerte.
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> Daniela tem uma semana para prestar atenção à pandemia e deixar uma marca em SC
A transmissibilidade é um dos fatores avaliados pelo mapa de risco, que também analisa dados como monitoramento de casos e assistência de saúde. Em alta, ela retrata a sensação presente na maioria das cidades, de que o vírus está cada vez mais perto. As contaminações atingem especialmente os mais jovens, menos sujeitos a complicações. Mesmo assim, há impacto preocupante sobre o sistema de saúde. SC tem hospitais com índices de ocupação alarmantes, especialmente para uma doença que exige um longo tempo de internação.
> Mapa de risco camufla alta na transmissão de coronavírus em Santa Catarina
Isso significa que nunca foi tão arriscado relaxar nas medidas de contenção. Deveria ser a senha para que as autoridades reagissem, com uma fiscalização mais efetiva e, onde for necessário, também novas restrições.
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> Cinco fatores que indicam agravamento da pandemia em Santa Catarina
Não é perceptível, neste momento, um movimento dos governos pelo controle da pandemia. Superadas as eleições municipais na maioria das cidades, os prefeitos não se mexeram. Prometeram em campanha não realizar novos fechamentos, e esse tem sido o mantra desde então.
O Estado, que tem a obrigação legal de agir diante da omissão dos municípios, continua de braços cruzados. Escrevi esta semana que a governadora Daniela Reinehr tem até sexta-feira (27), data do julgamento do impeachment de Carlos Moisés, para registrar uma marca positiva em Santa Catarina e deixar o governo pela porta da frente. Até agora, no entanto, ela permanece inerte.
Em 27 de outubro, data em que assumiu o Estado interinamente, Daniela encontrou números já em reaceleração, com 252,5 mil casos confirmados e 3.068 mortes. Deve devolver o comando com cerca de 100 mil casos a mais e perto de 500 novos óbitos.
A governadora interina teve a oportunidade de buscar soluções viáveis junto aos municípios e de alertar os catarinenses sobre a gravidade da crise sanitária no Estado. Ao invés disso, está prestes a deixar o governo como uma das piores administrações que Santa Catarina já teve, com um combo que reúne incompetência e falta de constância administrativa, despreocupação com o alastramento da Covid-19 e deputados negacionistas como conselheiros.
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Nos bastidores, circula a informação de que Daniela vai se pronunciar sobre a situação crítica da saúde em Santa Catarina nesta quarta-feira (25). Pode ser sua última oportunidade de deixar o governo com relevantes serviços prestados ao Estado que a elegeu.
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