O presidente Jair Bolsonaro (PL) contrariou sua equipe estratégica quando decidiu finalizar a campanha com uma motociata em Santa Catarina. Apostou em fazer o ato final do primeiro turno num estado onde tem ampla maioria e atendeu a um pedido de Jorge Seif (PL), que contava com uma carona na garupa do presidente para ser catapultado nas urnas.
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O primeiro efeito que esperava, Bolsonaro conseguiu. Fechou a campanha com uma multidão de motociclistas em Joinville e gerou imagens para o “efeito DataPovo” – a narrativa bolsonarista para contrapor o resultado das pesquisas nacionais que colocam o ex-presidente Lula (PT) à frente na intenção de votos.
As imagens da motociata e da multidão que aguardava o presidente nas ruas está pipocando nas redes sociais, a poucas horas das eleições deste domingo – e certamente será utilizada como antídoto para qualquer resultado que desagrade o presidente da República.
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O segundo efeito é colateral. Além de colocar Seif na garupa, Bolsonaro colou no peito o adesivo de Jorginho Mello (PL). Enfim, resolveu “subir no palanque” em Santa Catarina – ainda que de maneira figurada e discreta.
Os números da pesquisa Ipec divulgados pela NSC na noite de sexta-feira (30) mostraram que tanto Jorginho quanto Seif se beneficiam da adesão de SC ao bolsonarismo, mas não conseguem alcançar o mesmo índice de votação do presidente da República, que tem 54% de intenção de votos no Estado. Os gestos de Bolsonaro, neste ato final de campanha, podem favorecer os candidatos do PL nas urnas.