Candidata a receber pela quarta vez consecutiva a regata The Ocean Race – nova versão da Volvo Ocean Race – Itajaí, desta vez, pode ficar fora da Fórmula 1 dos Mares. Faltando pouco mais de um mês para a definição da rota, e com as propostas já sobre a mesa, a cidade enfrenta, de um lado, ofertas mais generosas vindas de Salvador (BA) e São Sebastião (SP), e de outro a indefinição do Governo do Estado sobre a liberação de recursos.
Continua depois da publicidade
Ainda sem posição do governador Carlos Moisés (PSL) ou da Santur, a prefeitura apresentou esta semana à The Sports Consultancy, a empresa que seleciona as paradas da regata, a oferta de 1,25 milhão de euros. É o mesmo valor de subsídio pago na edição anterior pelo Governo do Estado.
As duas cidades concorrentes chegaram perto de 2 milhões de euros. Mas, sem sinal de que o Estado vai apoiar a regata desta vez, a Secretaria de Turismo de Itajaí não arriscou ir além.
Pesam a favor de Itajaí a experiência na organização da parada e a crescente infraestrutura em torno do evento. Mas a regata é um negócio, e a cifra oferecida pelas outras cidades pode falar mais alto.
Na última edição, no ano passado, a Volvo Ocean Race movimentou R$ 83 milhões em Itajaí, segundo balanço do Instituto de Pesquisas Sociais da Univali. Quase sete vezes o total de investimentos públicos e privados, que chegou a R$ 12 milhões.
Continua depois da publicidade
O Estado entrou com R$ 4,7 milhões, e teve um retorno de ICMS de R$ 6 milhões. O que significa que o investimento foi compensado em 27%.
Retorno econômico
Para Itajaí, os ganhos que vieram da regata são evidentes. A rede hoteleira cresceu, o setor de eventos tem nova musculatura e o turismo ganhou evidência em uma cidade de economia portuária.
Não por acaso, representantes da prefeitura de São Sebastião, que em alguns aspectos é parecida com Itajaí, fizeram uma minuciosa pesquisa com o comércio e a hotelaria local antes de lançarem sua proposta para a regata. Perceberam o potencial de crescimento que ela representa.