Cinco meses atrás, ouvi de uma fonte com bom trânsito na política catarinense que o senador Esperidião Amin seria candidato ao governo do Estado. Naquele momento, pouco indicava que esse seria de fato o caminho do Progressistas. A convenção do partido, na manhã deste sábado, não só confirmou a projeção, mas comprovou que o nome do senador continua mobilizando o partido em SC.
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Nacionalmente, o PP de Ciro Nogueira vê Santa Catarina como um estado estratégico para as próximas eleições e um dos principais defensores da candidatura foi o secretário nacional do partido, Aldo Rosa. O Progressistas integra o tripé de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e vê oportunidade de surfar a onda nos estados bolsonaristas.
Em meio de mandato como senador, Amin tem a vantagem de disputar uma eleição sem riscos e puxar votação para os demais candidatos do partido. Apesar disso, cozinhou a proposta em banho-maria porque tem outras duas candidaturas na família. Até que foi convencido pelas circunstâncias. Nos últimos meses, passou a avisar que o PP teria “11 na telinha”, em referência à votação eletrônica.
Enquanto isso, prefeitos do Progressistas vinham se reunindo e demonstrando apoio ao governador Carlos Moisés (Republicanos). Mas, na convenção, a hipótese sequer entrou em jogo.
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Em sua fala, Amin alfinetou o governador e ressaltou que será candidato de Bolsonaro. Um candidato governista, mas que não sobe na garupa das motociatas do presidente. Amin é o que se poderia chamar de um “bolsonarista não ostensivo”.
Durante a convenção, a participação do ex-governador Leonel Pavan (PSDB) representando a federação entre tucanos e Cidadania sinalizou para a possibilidade de apoio, como adiantou o colega Anderson Silva. E houve ao menos uma ausência importante, a do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), que há tempos anunciou apoio a Moisés.
A ponta que seguirá solta é a possibilidade de uma parceria com o PL de Jorginho Mello, que poderia selar a aliança das candidaturas bolsonaristas em SC. Essa ainda segue em negociação.
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